
A palavra salvação aparece ao longo da Bíblia cerca de 140 vezes. No grego é sotería e significa simplesmente liberação, segurança, preservação. Em síntese, refere-se à atividade de Deus em favor da criação e da humanidade, com o fim de levar seus propósitos adiante. É o ato pelo qual Deus livra alguém do perigo, da opressão ou da culpa e do poder do pecado e a introduz numa vida nova.
No Antigo Testamento, ela foi usada cerca de 100 vezes, normalmente relacionada ao fato de Deus libertar seu povo ou alguém do perigo ou da opressão, num contexto momentâneo. Já no Novo Testamento, ela aparece cerca de 40 vezes, geralmente no contexto da intervenção de Deus num tempo presente, porém com repercussão no mundo espiritual e na eternidade. Assim, a salvação no Novo Testamento está ligada com o resgate do homem da condenação eterna (que é a conseqüência do pecado), através da fé em Jesus, o Salvador, para, especialmente, restaurá-lo ao plano de Deus e à comunhão com ele.
O mais interessante é que na Bíblia aparece somente uma vez o termo “tão grande salvação”, em Hebreus 2.3, como uma síntese do Espírito Santo de todas as riquezas e verdades espirituais relacionadas com a salvação à luz do Novo Testamento.
Embora salvação seja uma verdade considerada simples, nela estão escondidas riquezas dignas de serem garimpadas pelos sedentos por maturidade Cristã.
A tão grande salvação é uma só, mas tripartida. Fomos salvos do inferno, estamos sendo salvos da vida natural e pecaminosa da alma e seremos salvos da morte física e do corpo corruptível. Fomos salvos da ira por sua morte, somos salvos da vida da alma pela vida de Cristo e seremos salvos do poder da morte física quando nossos corpos forem transformados e revestidos pela incorruptibilidade de Cristo. Nosso espírito já ressuscitou (Ef 2.1-6), nossa alma está sendo transformada (Rm 12.1-2) e nossos corpos serão transformados. Já fomos salvos, estamos sendo e seremos salvos.
Que o Senhor seja glorificado através de seu viver em nós.(Cl 1.27)
Graça e Paz