Fariseu (do hebraico פרושים) é o nome dado a um grupo de judeus devotos à Torá, surgidos no século II a.C.. Opositores dos saduceus, criam uma Lei Oral, em conjunto com a Lei escrita, e foram os criadores da instituição da sinagoga. Com a destruição de Jerusalém em 70 d.C. e a queda do poder dos saduceus, cresceu sua influência dentro da comunidade judaica e se tornaram os precursores do judaísmo rabínico. A palavra Fariseu tem o significado de "separados", " a verdadeira comunidade de Israel", "santos".
A obra do lider veterotestamentário Esdras, que busca o dominio do texto e o ensino da lei, foi continuada por aqueles que ficaram conhecidos como escribas. Seu conjunto maior de defensores eram o grupo minonitário de hassidins que se separou das atitudes politicas da maioria no segundo século II d.C. Alexandra Salomé 76-67 a.C. lhes concedeu o poder de governo, e desde então se tornaram dominantes no sinédrio. Na época de do 2° Testamento eram pro romanos. Vinham principalmente da classe média e por entender as pessoas comuns, procuravam tornar suportavéis as leis rigorosas.
A lei se adaptava as condições mutaveis, e as decisões sobre a sua aplicação no momento recaía sobre todos. Continha 613 mandamentos: 248 afirmativos e 365 negativos, havia 39 conjuntos de atividades proibidas no sábado. Eles davam grande destaque ao dízimo, sem dúvida eram eticamente superiores a maioria.
Os escribas eram importantes escritores profissionais do antigo Israel, requisitados pelo publico para escrever contratos, cartas e manter registros. Jr. 32:12. Esdras era sacerdote e escriba,. Ed. 7:11. também administravam a lei como juizes não pagos no Sinedrio, daí o título interprete da lei, alguns acreditavam em Yeshua.
Origens e história
A origem mais próxima do nome fariseu está no latim pharisaeus, que por sua vez deriva do grego antigo ϕαρισαῖος, assentado no hebraico פרושים prushim . Esta palavra vem da raiz parash que basicamente quer dizer "separar", "afastar". Assim, o nome prushim ou perushim é normalmente interpretado como "aqueles que se separaram" do resto da população comum para se consagrar o estudo da Torá e das suas tradições. Todavia, sua separação não envolvia um ascetismo, já que julgavam ser importante o ensino à população das escrituras e das tradições dos pais.
A origem mais provável dos perushim é que tenham surgido do grupo religioso judaico chamado hassidim (os piedosos), que apoiaram a revolta dos macabeus (168-142 a.C.) contra Antíoco IV Epifânio, rei do Império Selêucida, que incentivou a eliminação de toda cultura não-grega através da assimilação forçada e da proibição de qualquer fé particular. Uma parte da aristocracia da época e dos círculos dos sacerdotes apoiaram as intenções de Antíoco, mas o povo em geral, sob a liderança de Yehudah Makkabi (Judas Macabeu) e sua família revoltou-se.
Os judeus conseguiram vencer os exércitos helênicos e estabelecer um reino judaico independente na região entre 142 a.C.- 63 a.C., quando então foram dominados pelos romanos. Durante este período de 142-63 a.C., a família dos macabeus estabeleceu-se no poder e iniciou uma nova dinastia real e sacerdotal, dominando tanto o poder secular como o religioso. Isto provocou uma série de crises e divisões dentro da sociedade israelita da época, visto que pela suas origens os Macabeus (também conhecidos pelo nome de família como Asmoneus) não eram da linhagem de Davi, não podendo assim ocupar o trono de Israel, e também não eram da linhagem sacerdotal araônica.
Grupos reacionários apareceram dentro da sociedade judaica, tentando restabelecer o seu prestígio e poder, ou pelo menos o que eles consideravam como certo segundo a Lei e tradições judaicas. Assim, foi nesta época que provavelmente apareceram: 1) Os tzadokim (saduceus), clamando ser os legítimos descendentes de Tzadok e portanto os legítimos detentores do sumo-sacerdócio e da liderança religiosa em Israel; 2) os perushim (fariseus), oriundos dos hassidim que, geralmente, desiludidos com a política, voltaram-se para a vida religiosa e estudo da Torá, esperando pela vinda do Messias e do reino de Deus; 3) e os Essênios, oriundos provavelmente também dos "Hassidim" e de um grupo de sacerdotes descontentes com a situação que se afastaram da sociedade judaica em geral e foram viver uma vida de total consagração ao Criador na região do deserto a fim de preparar o caminho para a vinda do Rei Messias .
Os perushim agrupavam-se em "havurot", associações religiosas que tinham os seus líderes e suas assembléias, e que tomavam juntos as suas refeições. Segundo Flávio Josefo, historiador judeu do 1º século d.C., o número de perushim na época era de pouco mais de seis mil pessoas (Antigüidades Judaicas 17, 2, 4; § 42). Eles estavam intimamente ligados à liderança das sinagogas, ao seu culto e escolas. Eles também participavam como um grupo importante, ainda que minoritário, do Sinédrio, a suprema corte religiosa e política do Judaísmo da época. Muitos dentre os "perushim" tinham a profissão de sofer (escriba), ou seja, a pessoa responsável pela transmissão escrita dos manuscritos e da interpretação dos mesmos. Duas escolas de interpretação religiosa se desenvolveram no seio dos perushim e se tornaram famosas: a escola de Hillel e a escola de Shammai. A escola de Hillel era considerada mais "liberal" na sua interpretação da Lei, enquanto a de Shamai era mais "estrita".
O cristianismo perpretou através da história uma visão estereotipada dos "perushim" junto aos escribas e saduceus, como os adversários de Jesus, que ataca duramento seu orgulho, sua avareza, sua hipocrisia e, sobretudo, o perigo de crer que a salvação vem da lei.
No entanto os "perushim" eram uma seita de grande influência em Israel devido ao ensino religioso e político. Aceitavam a Torá escrita e as tradições da Torá oral, na unicidade do Criador, na ressurreição dos mortos, em anjos e demônios, no julgamento futuro e na vinda do rei Messias. Eram os principais mestres nas sinagogas, o que os favoreceu como elemento de influência dentro do judaísmo após a destruição do Templo. São precursores por suas filosofias e idéias do judaísmo rabínico.
Máximas dos Fariseus
• "A verdade é o selo de Deus"
• "Mais que toda ação religiosa, Deus quer um coração puro"
• "Toda oração deve ser precedida por um ato de caridade"
• "Aquele que comete uma falta em segredo, nega a onipotência de Deus"
• "Se Deus reserva a recompensa das boas ações para o mundo futuro é com o fim de que os homens ajam neste mundo por convicção e não por interesse"
• "Sêde dos discípulos de Arão, amai a paz e sacrificai tudo para mantê-la"
• "Não julgues teu próximo até que te encontres no lugar dele"
• "Julgai todo mundo com indulgência"
• "Não envergonhai o próximo em público, porque isso poderia custar-lhe a vida e seríeis um criminoso"
• "Mais vale estar entre os perseguidos que entre os perseguidores"
• "Não te metas em nenhum assunto do qual possa resultar condenado à morte ainda que culpado"
• "Ditoso o homem que sai deste mundo, limpo e sem pecado, como entrou"
• "Grande perigo é substituir Deus do coração por um coração de deus"
A carta do Apostolo Paulo aos Filipenses Cap. 3:.
1 Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós.
2 Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão;
3 Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.
4 Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu:
5 Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu;
6 Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.
7 Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo.
8 E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo,
9 E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé;
10 Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte;
11 Para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos.
12 Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.
13 Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim,
14 Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
15 Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará.
16 Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo.
17 Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.
18 Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo,
19 Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas.
20 Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
21 Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.
A oposição ferrenha ao Cristianismo rendeu-lhes através dos tempos uma figura de fanáticos e hipócritas que apenas manipulam as leis para seu interesse. Esse comportamento deu origem à ofensa "fariseu", comumente dado às pessoas dentro e fora do Cristianismo, que são “julgados” como religiosos aparentes.
O escritor Flavio Josefo nos informa que os Fariseus viviam moderados, evitando todo o luxo. Havia entre eles muitos indivíduos piedosos e de grande influência entre o povo. (At. 26:5)
Existiram alguns Fariseus de renome: Simão. Lc. 7:36, Nicodemos: Jo 3:1, Gamaliel: At. 5:34. Saulo de Tarso, depois Paulo o maior missionário do 2° Testamento, At. 23:6,
Mt. 7:1, Não julgueis, para que não sejais julgados. 2 Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
Lc. 6:37, Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão.
Jo. 7:24. Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.
Graça e Paz
Pr. Moabi Brito
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Nova TV ADORAÇÃO
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