O controle exagerado pode destruir o desenvolvimento de uma pessoa !!
Os pais precisam saber que sua função tem começo e fim. Há um momento em que a responsabilidade pelas escolhas da vida deve cair sobre os ombros dos filhos.
“Minha mãe é como um polvo. Quando consigo cortar um tentáculo, ela me agarra com outro. Não sei quando conseguirei cortar todos. Acho que nunca”. Não haveria problema algum se esta fala fosse de uma criança voluntariosa, que necessitasse da vigilância constante da mãe. Mas, não. O depoimento é de uma jovem de 26 anos, que vou chamar de Estela. Casada, ganhando muito bem e morando em cidade diferente, mesmo assim sentia-se enredada pelo excessivo controle materno. Diariamente, a mãe ligava para saber os detalhes de sua rotina. E, se por algum motivo a filha não atendesse ao telefone, a ligação seguinte era um discurso cheio de criticas e condenação. A moça sentia-se ao mesmo tempo irritada e culpada. Estela queria se livrar daquele controle, mas cada vez que sua mãe percebia que ela queria se desvencilhar, disparava um sermão repetitivo de que “os filhos precisam honrar os pais” e sobre união familiar. E concluía: “Mãe é mãe.”
Claro, o controle exagerado não é só por parte das mães, ou das mulheres. Pode ocorrer com todas as pessoas. Mas é sempre um mal que pode destruir o desenvolvimento de uma criança, de um adolescente ou a liberdade de escolha de qualquer indivíduo. Muitos pais continuam, por toda a vida, controladores de seus filhos, exercendo uma proteção desnecessária sobre eles, simplesmente porque não conseguem viver a própria vida. Dedicaram-se tanto ao papel de pai e mãe que, no momento em que os filhos crescem, não sabem mais o que fazer e continuam querendo tratá-los como se eles permanecessem crianças. É como se tivessem nascido apenas para serem pais. Outros agem assim porque temem que seus filhos façam alguma coisa que venha arranhar a imagem e a reputação dos pais. Muitos acreditam que amam muito os filhos, quando na verdade exercem um controle através da superproteção. E alguns pais, às vezes, até sem perceber, cometem um grande engano – exercem um papel tirânico na vida dos filhos, em nome de Deus, em nome de uma suposta fé zelosa e fervorosa.
O controle dos pais, muitas vezes travestido dessa proteção exagerada, pode se tornar numa tirania poderosa em nome de um apego que sufoca a liberdade dos filhos. É tal a força insana que impede a construção e o desenvolvimento da autonomia dos filhos, bloqueando sua capacidade de escolher e assumir as consequências das próprias escolhas. Comportamento desse tipo bloqueia o desabrochar natural da confiança e do potencial único de cada pessoa. E, em casos mais graves, é possível até ocorrer uma cisão na vida, quando a pessoa passar a viver uma existência fantasiosa, e não a realidade que ela mesma poderia ter construído. A respeito disso, razão tem o músico Herbert Viana, da banda Paralamas do Sucesso, em sua canção Saber amar: “Todas as formas de se controlar alguém só trazem um amor vazio”.
Os pais precisam saber que sua função tem começo e fim. A paternidade inicia-se com a gestação, continua com o nascimento do filho e deve ir terminando gradativamente, à medida em que a criança cresce até se tornar um adulto e, portanto, passa a ser responsável por si mesmo. A idade em que tal processo se conclui muda conforme a cultura, a crença e os costumes de cada sociedade. Mas há um momento em que a responsabilidade pelas escolhas da vida deve sair dos pais e cair sobre os ombros dos filhos. O texto de Lucas 2 conta um episódio ocorrido na vida terrena de Jesus, quando ele tinha doze anos. Na cultura judaica da época, era com aquela idade que o rapaz passava a ser considerado como membro da sinagoga. Jesus tinha se desgarrado dos pais quando estes voltavam para Cafarnaum, após uma cerimônia religiosa em Jerusalém. Maria e José já se haviam afastado bastante da Cidade Santa quando deram pela falta do filho na caravana. Aflitos, retornaram a Jerusalém e encontraram o jovem Jesus no templo, discutindo com os doutores da lei. Ao ser inquirido pela mãe, Jesus lhe respondeu que estava apenas cuidando daquilo que lhe cabia na vida.
A Bíblia nos adverte, em Lamentações 3.27, que é bom para a pessoa começar a desenvolver responsabilidades desde pequeno. A execução de pequenas tarefas e a oportunidade de fazer escolhas simples são etapas que fazem parte desse desenvolvimento. Uma criança de três anos pode escolher a cor de sua lancheira e deve ter a incumbência de carregá-la para escola enquanto caminha com o seu responsável. Já se disse que, se um pai carrega a mala escolar para seu filho, vai fazê-lo para o resto da vida. Como pais, devemos ajudar nossos filhos a crescerem. E, estando eles crescidos, devemos ficar disponíveis para uma possível ajuda – mas sempre deixando-os livres para aprender com seus próprios erros e acertos.
ESTHER CARRENHO é psicóloga clínica e autora de 3 livros: Depressão – tem luz no fim do túnel, Raiva: seu bem, seu mal e Ressurreição Interior. Ministra cursos e palestras sobre relacionamento e interação familiar. É casada com Eliel Moreno Carrenho, tem dois filhos, Carlo André e Cássia, e quatro netos.
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
PROPAGAR O EVANGELHO É UM SERVIÇO
Eber Cocarelli, Percival de Souza e ExpoCristã são homenageados
Por: Celso de Carvalho - Redação Creio
Profissionais de imprensa, veículos de comunicações, e entidades que propagam o evangelho foram homenageados nesta segunda-feira, dia 21, no Plenário JK, da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O apresentador de TV, Éber Cocarelli; o comentarista da Rede Record, Percival de Souza; o presidente da EBF Comunicações, Eduardo Berzin Filho foram alguns dos que receberam placas de congratulação. A líder do Ministério Diante do Trono, Ana Paula Valadão; Denyse Bittencourt, o instrumentista Rodrigo Soeiro, o saxofonista André Paganelli e o Coral Metropolitano Evangélico de São Paulo, com 15 vozes, participaram da solenidade.
Antes da solenidade a imprensa foi recebida em um coquetel reservado. Solicitada pelo deputado José Bruno (DEM), que se despede do cargo, a convocação acontece em comemoração ao Dia da Mídia e foi dividida em três categorias: veículos evangélicos, instituições ligadas à comunicação e profissionais de imprensa. Ao todo foram 22 homenageados, que representaram as mais diversas áreas da mídia e da comunicação.
Durante a sessão o deputado José Bruno, lembrou a explosão nos últimos 25 anos da Igreja brasileira e ocupação dos espaços, principalmente na área de comunicação. Ele citou ainda a profissionalização do mercado com produtos de melhor qualidade. “A mídia cumpre o papel de levar as Boas Novas e oferece ferramentas para que se alcancem todos os que necessitam”, destacou após assistir apresentação do saxofonista André Pagnelli e entregar menção honrosa a Erni Seibert, diretor de comunicação da Sociedade Bíblica do Brasil; Sepal, Amme e Portas Abertas.
Logo após a entrega de placas, a líder do Ministério Diante do Trono, Ana Paula Valadão, agradeceu os profissionais e apresentou a canção Prosseguir, segundo ela um estimulo a todos os jornalistas que a auxiliam a convocar o povo de Deus para os eventos do ministério.
Na segunda etapa, empresas de comunicação receberam homenagens, entre elas o presidente da EBF Comunicações, Eduardo Berzin Filho, que agradeceu a iniciativa do deputado José Bruno. “A EBF Comunicações, através de seus veículos como as revistas Igreja, Consumidor Cristão, portal Creio, TV Cristã e a ExpoCristã são partes de um grande ministério, um chamado de Deus para servir à igreja brasileira através da notícia e de grandes mobilizações. Somos agradecidos por este reconhecimento”, enfatizou.
O apresentador da RIT Eber Cocarelli, também recebeu a congratulação e lembrou de como a Igreja, após resgatar áreas como a Educação Cristã, a Música, Literatura, agora precisa alcançar as comunicações. “Precisamos de credibilidade. Termos de desafio de falar para o mundo e não para os crentes.”. Após número de Denyse Bittencourt, Percival de Souza, o comentarista da Rede Record, lembrou que a pomba na Arca de Noé foi o primeiro repórter citado na Bíblia. “Servir a Deus através da notícia exige de nós conhecimento e determinação diante dos ateus contemporâneos. Propagar o Evangelho é um serviço que Ele nos confiou”, finalizou.
O Coral Metropolitano Evangélico de São Paulo, com 15 vozes, entoou o hino Castelo Forte pondo fim à solenidade. Antes do término o deputado José Bruno – que está deixando o cargo para se dedicar o ministério-, foi homenageado pelo deputado Waldir Agnello.
Data: 22/6/2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Evangeliza Brasil
Em 2010 a AMME Evangelizar completa 10 anos ajudando as igrejas evangélicas brasileiras a cumprir sua tarefa de evangelizar todo mundo. Para celebrar essa data, planejou um esforço sem precedentes em favor da evangelização: Alcançar 20 milhões de pessoas com a mensagem do Evangelho. Para realizar isso, quer envolver 10.000 igrejas em todo o Brasil. Centenas de igrejas tem se envolvido toda semana, recebendo treinamento e materiais de qualidade.
Evangelizar para crescer! Jesus mandou evangelizar porque é assim que a Igreja cresce sadia e sólida. A evangelização que estamos ajudando a Igreja a fazer é aquela que Jesus mandou: fundamentada na Palavra de Deus e totalmente direcionada para a transformação das pessoas, nas áreas de sua maior necessidade.
O que a AMME oferece? Sua igreja receberá todo o recurso necessário para realizar a evangelização: 1. Treinamento – Seis horas de treinamento avançado para os líderes de evangelização da igreja se prepararem para o trabalho; 2. Literatura – Material de evangelização impresso, colorido, de ótima qualidade; 3. Vídeos – Dois filmes da história de Jesus em animação gráfica (DVD); 4. Estratégias – novas formas de evangelização, mais dinâmicas e eficazes para alcançar melhores resultados; 5. Apoio – acompanhamento especializado dos missionários da AMME no desenvolvimento do trabalho. Para saber mais sobre cada um desses recursos clique sobre eles.
Qual o compromisso da Igreja? Cada igreja envolvida deve: 1. Enviar seus líderes de evangelização para participarem do treinamento; 2. Retirar os materiais no local indicado; 3. Alcançar pelo menos duas mil pessoas; 4. Enviar um relatório do trabalho para prestação de contas aos mantenedores; 5. Ofertar para o sustento do ministério conforme suas condições e seu propósito (a oferta não é obrigatória).
Qual o público alvo da campanha? As pesquisas da AMME revelaram que de cada quatro crentes, três se converteram de 4 a 24 anos de idade. Infância, adolescência e juventude são a época em que as pessoas estão mais abertas para ouvir e aceitar a mensagem do Evangelho. Esse é o principal alvo da campanha BRASIL2010.
Como é sustentada essa campanha? A AMME Evangelizar, seus missionários e a ajuda que damos às igrejas, tudo é sustentado pela fé, conforme a Palavra de Deus que diz: “Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui.” Gl 6:6 e outra vez “Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais?” 1Co 9:11. Nenhuma igreja é obrigada a ofertar para receber a ajuda da AMME, mas todos devem saber que o plano de Deus é que sejamos mantidos por aqueles a quem abençoamos com nosso trabalho. Nesse sentido, estimamos, com base no nosso orçamento que com cada R$ 0,25 centavos ajudamos a alcançar mais uma pessoa com a mensagem do Evangelho.
Para mais informação ou para fazer a inscrição por telefone, ligue para 0800 121 911 – no horário comercial ou envie um e-mail para portal@evangelizabrasil.com ou visite o site: http://www.evangelizabrasil.com/brasil2010/
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Comemoração da Festa dos Tabernáculos - Hag Sukot
Leitura para o Shabat
Torá: Levítico Cap. 22: 26-23: 44
Haftará: Zacarias Cap.14
Brit Hadashá: Lucas Cap. 2
O conceito de Sucot
Após o pecado do Bezerro de ouro, as nuvens da Shekiná desapareceram. Em Yom Kipur, no dia 10 de Tishrei, Moisés desceu o Monte Sinai com o segundo conjunto de Tabuas. No dia após o Yom Kipur, em 11 de Tishrei, Moisés disse ao povo de Israel para trazer doações para a construção do Tabernáculo. Trouxeram por dois dias [dia 12 e 13]. Em 14 de Tishrei, os construtores do Tabernáculo recolheram os materiais. No dia 15, começaram seu trabalho e a Shekiná retornou.
Esta é a Alegria de Sukot!
Sucot, também chamada de festa dos Tabernaculos ou Cabanas, é o culminar de todos os Moadim (Tempos separados por Deus – Festas). É uma imagem profética do Reino que está entre nós e está por vir em plenitude, e a comemoração quando o mundo vai viver em paz e em fraternidade sob o reinado e o comando do nosso Rei e Messias, Yeshua (Jesus).
Como observar a festa dos Tabernáculos
1) - "Ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces" (Ne 8:10).
Há muitas maneiras pelas quais as ações de graça pela Colheita, podem ilustrar a Ceifa Mundial que cremos que Deus nos dará, e que a Festa tipifica.
2) - "Enviai porções aos que não têm nada preparado para si" (Ne 8:10). Rejeitemos a troca de presentes comum na época de Natal (falsa data do nascimento de Ieshua), em favor do "enviar porções". Não é uma troca interesseira, mas "presentes aos que nada têm preparado para si".
3) - "Dia após dia leu Esdras no livro da lei de Deus desde o primeiro dia até o último; e celebraram a Festa por sete dias" (Ne 8:18). O estudo e meditação na Palavra de Deus é uma característica do "espírito" da Festa dos Tabernáculos. Procure ler a Palavra com a família e mais outras pessoas, se possível, nestes dias.
4) - "Saí ao monte, e trazei ramos... para fazer cabanas" (Ne 8:15,16). Faça uma pequena cabana para lembrar o significado da Festa, tipificando a estrebaria em que Deus veio tabernacular conosco, na pessoa de Ieshua.
Essa cabana pode ser uma bela ilustração da verdade, especialmente para as crianças.
Além de tudo, estamos esperando que o Senhor, nestes últimos dias, revelará algo completamente novo a respeito da Festa dos Tabernáculos. Procure começar seguindo os princípios da Palavra de Deus, que as demais coisas o Espírito revelará a seu tempo.
As estações - festas (moadim)
Levítico 23: 41-43, " E para sempre, no sétimo mês de cada ano, o povo fará essa festa de sete dias ao SENHOR. Durante os sete dias todos os israelitas morarão em cabanas... Eu sou o SENHOR, vosso Deus."'
No Levítico 23, as palavras: "Eu sou o SEnhor teu Deus" só são mencionadas em duas festas – Shavuot (Pentecostes) e Sucot (Tabernaculos). Nós celebramos dois grandes grupos de Moadim (festas) no decurso do ano
1) os dias Santíssimos, ou os feriados no mês de Tishri
2) e os 3 moadim (festas) de peregrinação a Jerusalém.
* Páscoa (bíblica) = "o tempo da nossa Libertação (salvação) "
* Shavuot = "o tempo da dádiva da Torá e a Ruach Hakodesh (Espírito Santo de D-us) "
* Sucot = "o tempo de nossos Júbilo ". Sucot é uma festa Dupla, pertencente ao dias Santíssimos, e também para os festas de peregrinação, unindo ambos.
O Lulav e Etrog - as 4 espécies
Em Sucot (Tabernaculos), Nós unimos todos os ramos – dois ramos de salgueiros na esquerda, um ramo de palmeira no centro e três murtas à direita. ajuntamos este monte de ramos na nossa mão direita, e os levantamos em conjunto com o Etrog - Cidrão. Nós, em seguida, os agitamos três vezes em cada sentido - frente, direita, atrás, esquerda, para cima, e para baixo.
No Judaísmo, Há um ensino sobre o "Lulav" (as 4 espécies). O ensino trata de com o tipo de pessoa. Cada espécie representa um tipo diferente de pessoa, com base em suas qualidades. Eles são colocados juntos para que eles possam compensar uma da outra, ou seja, unidos seremos todos em um.
* O Etrog (Cidrão) que tem gosto, e cheiro representa a pessoa que aprende e pratica a palavra e boas obras.
* O ramo de Palmeira, que tem gosto, no entanto, nenhum cheiro representa a pessoa que aprende, mas não pratica a palavra e boas obras.
* os salgueiros, que não tem nenhum sabor e nem cheiro representa a pessoa que não atenta a aprender a palavra e nem pratica boas obras.
* a Murta, que não tem gosto, mas tem cheiro representa uma pessoa que não atenta a aprender a palavra, mas pratica boas obras.
Este "Lulav" ensina, quando aplicado ao Judaísmo, é muito interessante. Ele lida com teologia messiânica.
O Etrog ligado ao poder da Ruach HaKodesh (Espírito Santo de Deus).
Esta escrito em Isaías 59:21, " O SENHOR diz ao seu povo: - Esta é a aliança que vou fazer com vocês: o meu Espírito, que eu lhes dei, e as minhas palavras que coloquei em suas bocas, ficarão com vocês para sempre. Vocês os ensinarão aos seus filhos e aos seus descendentes, agora e para sempre. Eu, o SENHOR, falei..
O ramo de Palmeira é O Messias. Conectado em Zacarias 3:8, "... eis que eu farei vir o meu servo, o Tzemach (Renovo ou broto).
Salgueiros estão conectados ao PAI – ADONAY e Seu Espírito e O Messias esta conectado ao escrito em Isaías 48:16, "Chegai-vos a mim e ouvi isto: não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que isso vem acontecendo, tenho estado lá. Agora, o SENHOR Deus me enviou a mim e o Seu Espírito..”
A Murta, com seus dois ramos, estão conectados aos outros dos ungidos. Em conexão ao escrito em Zacarias 4:14, “Então, ele disse: São os dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a terra."
A Sukah-Cabana
Apos Yom Kipur, cabanas temporárias são construídas em todo o mundo judaico.
O cheiro perfumoso cítrico do Etrog (Cidrão) quando entramos na Sukah (cabana), declara a nossa fé na proteção de Adonay nosso Deus. É a essência da festa de Sucot.
Uma ponte
O Sukah (cabana) também fornece uma ponte eficiente entre o dia mais sagrado do ano, o Yom Kipur e a festa da colheita e a alegria de Sucot.
Na conclusão do Yom Kipur, logo após somos ordenados na preparação para construirmos a Sukah. É a Sukah que representa a paz, fé, abrigo e o otimismo eterno do comportamento humano. À noite serviço de sábado de Sucot, dizemos esta oração:
“abra sobre nós o abrigo [Sukah] da sua paz. Bendito sejas Tu, Adonay, que abre sobre nós um abrigo [Sukah] de paz, sobre todo seu povo Israel e ao sobre de Jerusalém”.
A Sukah que construímos em Sucot (Tabernáculos) espelha Sukah celestial que Deus espalha sobre nós. É uma expressão de esperança no nosso futuro
O Sukah da paz
Como a Suká torna-se um “Abrigo da paz"? Se Deus queria proteger-nos, deveríamos ter abrigo de concretos aço e ferro. Quem poderia confiar em algo tão frágil como uma Sukah (cabana) para nos proteger? Sim, ainda na festa de Tabernaculos, judeus saem de suas casas precisamente para expor-se a elementos, por quê? A Sukah da Paz não é feita com armadura de aço, mas com fé. A Sukah é um lembrete de “sukahs” (cabanas) que o filhos de Israel usaram no deserto na época êxodo do Egito
Todo o Israel habitou em uma Sukah – a Sukah da Shekiná de Deus. A "nuvem da Gloria" que acompanhava os hebreus foi removida após o pecado do "bezerro de ouro”. Os Hebreus arrependeram-se e Adonay os perdoou em Yom Kipur. A "nuvem da Gloria" reapareceu cinco dias mais tarde em Sucot (Tabernaculos).
A Sukah é chamada pelos Sábios Rabinos do Talmud de o “abrigo da fé". Nós somos ordenados habitar na alegria. Só podemos fazer isto tendo fé de que algo melhor poderá emergir do que estamos vendo a nossa volta.
Igualdade para todos
A Sukah apaga as diferenças de classes. Todos são ordenados a estar sobre uma Sukah sejam ricos ou pobres. Ela ensina os ricos que os bens físicos não são tão permanentes como eles parecem ser, e que não estão sempre no controle de suas vidas. Ela ensina os pobres, como seus antepassados no êxodo, que eles podem ter confiança que Deus proverá nas suas vidas. Durante a festa Sucot (tabernaculos), os pobres e ricos estão realmente no mesmo "barco" – Sukah
Seres humanos têm uma tendência a pensar Estamos no controle de tudo. Sabemos em nossas mentes que não é assim, mas agimos como se nosso destino e nosso mundo estão em nossas mãos. Temporárias "cabanas- Sukah" mostram-nos que as coisas são bem diferentes. A última palavra é colocar nossa confiança em Deus.
Esta idéia é expressa no livro, Eclesiastes, sobre Sucot. O autor é o Rei Salomão, um dos homens mais rico e sábio de todos os tempos. Ele começa por dizer, " Havel Ha-havelim (Ilusão de Ilusões), diz o Pregador; tudo é Havel (Ilusão). Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?.”
No final, o Rei Salomão soma em Eclesiastes 12:13 dizendo, " De tudo o que foi dito, a conclusão é esta: tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos (Mitzvot) porque foi para isso que fomos criados. "
Rei Salomão descobriu que Adonay é a única força estável no mundo, e não seus bens materiais ou feitos humanos. Este é ponto central da Suká.
Suká: é uma cabana construída na época da festa de Tabernaculos.
O aniversário de Yeshua
O número de dias entre os meses bíblicos Nisan e Tishri é sempre o mesmo. Devido à isso, o tempo da primeira grande festa [Páscoa judaica em Nisan] para a última Grande Festa [Sucot em Tishri] é sempre o mesmo.
Isso poderia ter qualquer conexão com Dia do nascimento de Yeshua (Jesus) em Sucot (Tabernaculos) e sua morte na Páscoa (bíblica)?
Páscoa judaica e bíblica é no 1º mês do calendário bíblico e Tabernaculos é no 7° mês. Escrituras nos alertam que o Messias virá como as chuvas temporã, está escrito em Oséias 6:3 “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao S-NHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva temporã que rega a terra."
Festa
Sucot comemora como Deus cuidou dos Israelitas quando eles "tabernacularam” no deserto, e Nascimento da Yeshua comemora como Deus cuidou de nós enviando seu filho e ele "tabernaculou" entre nós.
Deuteronômio 31:10 diz que Sucot foi escolhida por Deus para ser o tempo quando a Torá iria ser lida publicamente no templo, e Deuteronômio 16:16 diz que cada Israelita deveria subir ate Jerusalém no Templo. Foi em Sucot (Tabernaculos) que a palavra de Adonay apareceu e foi levada para o templo diante todos os judeus.
As Escrituras sagradas não dão uma data exata para o nascimento de Yeshua (Jesus) na Terra. Mas nós podemos ver algumas pistas que apontam para uma época certa.
Zacarias
Zacarias era um Sacerdote levita no qual Lucas diz que ele era da ordem de Abiu. Isso é um detalhe importante, porque a cada ordem de sacerdotes foi atribuída ao serviço do Templo por um período determinado no calendário hebraico.
Em I Crônicas 24, os sacerdotes da ordem de Abiu foram atribuídos ao serviço de Templo entre o dia 12-18 dias do mês bíblico de Sivan. Foi durante seu tempo de serviço no templo, na semana do dia 12-18 de Sivan, que Zacarias foi avisado por um anjo que sua esposa Elisheva (Isabel) teria um filho.
Lucas diz que Zacarias foi pra sua casa e que Isabel concebeu. Não sabemos exatamente quando esta concepção aconteceu. Mas se, no prazo de uma semana de serviço de Templo de Zacarias terminara, ela deve ter concebido cerca de 25 de Sivan.
Se for assim, o filho do sacerdote Zacarias, mais tarde conhecido como João Batista (Yohanan hamadbil), poderia ter nascido mais ou menos em 15 de Nisan (mês bíblico), que é onde ocorre a Páscoa bíblica.
Os Evangelhos dizem que João o Batista tinha espírito e a unção que atuava em Elias. Na tradição judaica os judeus esperam e convidam entrar em suas casas, pois Elias é como um precursor do Messias. Se João Batista, o "Elias" nasceu na Páscoa judaica, ele literalmente preencheu esta expectativa para aquela época.
Maria e Chanucá
Agora vamos considerar Miriam (Maria), a mãe de Yeshua (Jesus). De acordo com Lucas, o Anjo Gabriel visitou Maria no sexto mês da gravidez de Isabel, se a ordem é correta. O sexto mês de gravidez de Isabel teria tido no dia 25 do mês bíblico de Kislev, que é o primeiro dia de Chanucá, a festa de Dedicação. (João 10:22,23)
Se a vinda do Anjo Gabriel a Maria ocorreu durante a festa de Chanucá, Yeshua (Jesus) foi concebido no Útero Maria durante a festa de Chanucá.. Outro vínculo interessante a Yeshua (Jesus): 8 é o número tradicionalmente associado ao Messias, e a luz é e o principal Símbolo para a festa de Chanucá. (dedicação)
Agora 285 dias a partir do primeiro dia da festa de Chanucá é 15 de Tishrei (mês bíblico), primeiro dia de festa de Tabernaculos. Assim, se Yeshua realmente foi concebida durante a festa de Chanucá, ele teria nascido durante--a festa de Sucot (Tabernaculos)!
As Implicações proféticas
Quais são as implicações proféticas se Yeshua (Jesus) nasceu durante Sucot (Tabernaculos). Há pistas que podem ser encontradas em toda a Escritura. A Compreensão judaica antiga e a expectativa, é que o Messias chegaria no quarto dia. Quando nos referimos ao quarto dia quando nós falamos quarto dia estamos nos referindo aos sete dias da criação. Os rabinos há muito tempo vêem isto como uma analogia de 7000 anos.
Acreditamos que estamos bem no finalzinho do sexto dia; o ano de milésimo de 6. No sétimo dia, ou 1000 anos do sétimo dia é o Reino do milênio do Messias, no qual estamos em expectativa.
A idéia de que o Messias viria no quarto dia, ou pelo ano 4000 é derivado em parte por causa de Malaquias 4:2. "Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas.
Na tradição hebraica, o Sol refere-se a chegada do Messias no quarto dia, o dia que o sol foi criado. Em suas asas refere-se ao tzit-tzit ou as franjas sobre os cantos (asas) da peça de seu vestuário.
Recordar-nos destes tzit-tzit que aludem aos 613 mandamentos da Torá e no caso de Yeshua, representam o poder de Torá para curar. Lembram-se a mulher com o fluxo de sangue? Ela tocou nas orlas das vestes (tiz-tizt) de Yeshua é foi curada instantaneamente.
O ano 4000 é aproximadamente o ano 3 D/C., o ano em que muitos pensam foi o ano de nascimento do Yeshua.
A Contagem
Para determinar quando o anjo deu esta profecia A Zacarias, começamos pela análise I Crônicas 24, que é a ordem dos Cohanim (os sacerdotes), que serviam no Templo. Eram 24 divisões de sacerdotes para que o templo tivesse sempre em funcionamento. Zacarias era um membro da divisão de Abiu. Em 1 crônicas 24:10 nós sabemos que esta divisão, esta família de sacerdotes, era servir na oitav ordem das 24 divisões. "a sétima para Hakoz, a oitavo para Abiú,"
Os escritos judaicos Talmúdicos, chamados Mishná, afirma que o serviço da primeira divisão começar no primeiro Shabat do mês bíblico de Nisan, que é duas semanas antes da Páscoa bíblica. Cada divisão de sacerdotes serviam um semana durante duas vezes no ano. Mas, também o Talmud, a Mishná diz que todos os sacerdotes também atuavam na festa de Pesach (páscoa bíblica), Shavuot (Pentecostes), e Sucot (Tabernaculos) devido ao maior número de peregrinos nestes moadim (tempos separados por Deus – Festas).
Lucas 1:5, “Nos dias de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abiu. Sua mulher era linhagem de Arão e se chamava Isabel."
Se você contar oito semanas a partir do o tempo que a primeira divisão em 1º do mês bíblico de Nisan e em seguida, adicionar duas semanas para Pesach e duas semanas para Shavuot, chegamos ao tempo que Zacarias estava servindo no templo, ou sobre dez semanas após primeiro de Nisan, que é aproximadamente meados de Junho. Escolhemos a primeira semana do serviço de Zacarias no ano, em vez do segundo.
Há boas razões para isso. As palavras do Anjo a Zacarias são uma chave. O anjo disse filho de que Zacarias ia anunciar a vinda do Messias, o espírito e a unção de Elias. Quem eles esperavam para Páscoa bíblica? Elias. O Nascimento de João ocorre nove meses mais tarde, no o tempo de Pesach (páscoa). A Tradição oral judaica, ainda hoje, diz que será Elias que aparecerá na Páscoa para anunciar a vinda do Messias.
Lucas 1:36, " Fique sabendo que a sua parenta Isabel está grávida, mesmo sendo tão idosa. Diziam que ela não podia ter filhos, no entanto agora ela já está no sexto mês de gravidez."
Em Lucas 1:36 a Ruach HaKodesh (Espírito Santo) veio sobre Maria, a jovem esposa de José na cidade de Nazaré, no momento quando o sua prima Isabel já estava grávida de João seis meses. Se juntarmos seis meses ao nascimento de João cai na Páscoa no mês de Nisan, vamos chegar ao mês de Tishrei que cai no nascimento da Yeshua (Jesus).
Se José e Maria passaram em Beit Lecheim (Belém) durante a festa Sucot (Tabernaculos), é muito provável que nascimento da Yeshua (Jesus) ocorreu sobre uma Suká, uma estrutura temporária construída para a festa. Porque não havia nenhuma vaga em hospedarias nas proximidades, aproveitaram uma sukah.
Aludindo ao seu nascimento, como o que está escrito em João 1:14: E o Verbo se fez carne e tabernaculou entre nós, cheio de Chesed ve’Emet (graça e de verdade), e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
A palavra grega usada aqui é Skenê que significa tabernacular então refere-se a uma habitação temporária Contexto Hebraico só poderia ser um sukah. No Talmud na Mishná diz que á admissível para um sukah ser construída a partir de um estábulo por exemplo.
Migdal Eder
Outro fato fascinante são as informações em Miquéias 4:8: A ti, ó torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, virá o primeiro domínio, o reino da filha de Jerusalém. .
Esta torre do rebanho, Migdal Eder em Hebraico, é um lugar antigo e foi mencionado em Gênesis 35:16-21. Era o lugar onde Jacó acampou periferia de Belém após a morte de sua esposa Raquel.
Migdal Eder, a torre do rebanho, era na periferia Norte da cidade. O Talmud na Mishná afirma que os sacerdotes Saduceus utilizavam esta área para criar as ovelhas e outros animais que venderiam para o sacrifício no templo na época de Yeshua (Jesus).
Se a sukah onde ouve o nascimento de Yeshua foi perto de Migdal Eder, ele confirma seu nascimento como o Cordeiro Pascal de Deus. Se Yeshua nasceu em 15 de Tishrei, primeiro dia de Sucot, o que iria acontecer oito dias mais tarde? Sua brit milá, seu ritual Circuncisão oito dias após seu nascimento, ocorreria em Shemini Atzeret, o dia de final da festa.
Neste dia, Shemini Atzeret, o oitavo dia, também se tornou conhecido como Simchat Torá, a alegria da Torá, o dia em que terminamos o livro de Deuteronômio e ciclo anual de leitura e reiniciamos a leitura com o livro do Gênesis.
Isto estaria mostrando que Yeshua é a Torá viva. João 1:1 nos diz que: “No princípio era o Verbo (Torá), e o Verbo (Torá) estava com Deus, e o Verbo (Torá) é Divina.” Podemos constatar que no dia da Shimchat Torá foi o dia em que Yeshua (Jesus) foi levado para dentro do Aliança de Abraham através de brit milá (Circuncisão).
Nosso Messias Yeshua (Jesus) voltará em breve e reinará e governará todo o planeta de Jerusalém por 1000 anos. Esses detalhes não são coincidência. É uma parte do plano da Adonay nosso Deus desde o início.
Nós celebramos Yeshua durante a festa de Sucot. Estamos ansiosos por estes 1000 anos para viver e reinar com ele. Mas nós também o celebramos como sendo a Torá e o Rabino de Torá perfeito. Ele, próprio, ensinou que devíamos guardá-la; seguindo e praticando os mandamentos da Torá.
Nossa salvação vem por meio de Yeshua como nosso sacrifício pascal e foi pela graça (chesed) de Deus e também nosso arrependimento. Mas podemos guardamos a Torá em resposta ao seu amor e em obediência ao nosso Pai e seu Messias, isto mostra que fomos salvos.
Apocalipse e Sucot
O Milênio
Sucot fala sobre o ajuntamento e o milênio. Em Zacarias 14, introduz a era milenial. Ele informa da libertação de Jerusalém e como o Messias vai ser rei sobre todo o planeta.
Sucot é uma imagem da era Messiânica, o reinado de 1000 anos de Messias Yeshua. Adonay nosso Deus diz a nós através de Zacarias o Profeta que na era messiânica todos irão subir a Jerusalém de ano para ano culto o Rei, e celebrar a festa de Sucot (Tabernáculos).
Não haverá nenhuma chuva para aquelas nações da terra que não forem a Jerusalém de ano em ano para adorar o Rei (Zacarias 14:16-18).
Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos. Se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva. Se a família dos egípcios não subir, nem vier, não cairá sobre eles a chuva; virá a praga com que o SENHOR ferirá as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos.
A festa de Sucot, e a mais importante no reinado de Messias, porque foi o tempo do seu nascimento e porque ela representa seu reinado.
A festa de Sucot simboliza a própria presença de Yeshua o Messias. Yeshua é "O Tabernaculo de Deus”.
HAG SAMEACH SUKOT - TENHA UMA FELIZ FESTA DE TABERNACULOS
shabat shalom
Conclusão
A festa dos Tabernáculos é mais uma das belas festas bíblicas, com as conotações escatólogicas.
Nós gentios, não estamos obrigados a cumprir estas festas, mas acreio que é muito bom conhece-las.
Sabemos que ainda existem muitos evangélicos que tem dificuldades de aceitar nossos irmãos judeus, talvez por que não aprenderam que o Senhor Jesus é Judeu.
Não podemos esquecer do Salvador, que esperamos para o arrebatamento da Igreja, o Senhor Jesus Cristo, é Judeu de nascimento.
A nossa intenção com a divulgação destes textos é trazer para um número cada vez maior de irmãos e irmãs o conhecimento destas verdades bíblicas e a interpretação dos textos feitos em visão judaica.
Para fugirmos um pouco das análises bíblicas baseadas em filosofias, por que as correntes filosóficas estão distantes de várias formas do texto bíblico: no tempo, no conteúdo, na cultura, na línguagem e nos autores, desta forma cremos que o pensamento filosófico ou correntes filosóficas não são a ferramenta ideal para traduzir as verdades da escrita de Deus para nós; a Bíblia.
Graça e Paz
Torá: Levítico Cap. 22: 26-23: 44
Haftará: Zacarias Cap.14
Brit Hadashá: Lucas Cap. 2
O conceito de Sucot
Após o pecado do Bezerro de ouro, as nuvens da Shekiná desapareceram. Em Yom Kipur, no dia 10 de Tishrei, Moisés desceu o Monte Sinai com o segundo conjunto de Tabuas. No dia após o Yom Kipur, em 11 de Tishrei, Moisés disse ao povo de Israel para trazer doações para a construção do Tabernáculo. Trouxeram por dois dias [dia 12 e 13]. Em 14 de Tishrei, os construtores do Tabernáculo recolheram os materiais. No dia 15, começaram seu trabalho e a Shekiná retornou.
Esta é a Alegria de Sukot!
Sucot, também chamada de festa dos Tabernaculos ou Cabanas, é o culminar de todos os Moadim (Tempos separados por Deus – Festas). É uma imagem profética do Reino que está entre nós e está por vir em plenitude, e a comemoração quando o mundo vai viver em paz e em fraternidade sob o reinado e o comando do nosso Rei e Messias, Yeshua (Jesus).
Como observar a festa dos Tabernáculos
1) - "Ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces" (Ne 8:10).
Há muitas maneiras pelas quais as ações de graça pela Colheita, podem ilustrar a Ceifa Mundial que cremos que Deus nos dará, e que a Festa tipifica.
2) - "Enviai porções aos que não têm nada preparado para si" (Ne 8:10). Rejeitemos a troca de presentes comum na época de Natal (falsa data do nascimento de Ieshua), em favor do "enviar porções". Não é uma troca interesseira, mas "presentes aos que nada têm preparado para si".
3) - "Dia após dia leu Esdras no livro da lei de Deus desde o primeiro dia até o último; e celebraram a Festa por sete dias" (Ne 8:18). O estudo e meditação na Palavra de Deus é uma característica do "espírito" da Festa dos Tabernáculos. Procure ler a Palavra com a família e mais outras pessoas, se possível, nestes dias.
4) - "Saí ao monte, e trazei ramos... para fazer cabanas" (Ne 8:15,16). Faça uma pequena cabana para lembrar o significado da Festa, tipificando a estrebaria em que Deus veio tabernacular conosco, na pessoa de Ieshua.
Essa cabana pode ser uma bela ilustração da verdade, especialmente para as crianças.
Além de tudo, estamos esperando que o Senhor, nestes últimos dias, revelará algo completamente novo a respeito da Festa dos Tabernáculos. Procure começar seguindo os princípios da Palavra de Deus, que as demais coisas o Espírito revelará a seu tempo.
As estações - festas (moadim)
Levítico 23: 41-43, " E para sempre, no sétimo mês de cada ano, o povo fará essa festa de sete dias ao SENHOR. Durante os sete dias todos os israelitas morarão em cabanas... Eu sou o SENHOR, vosso Deus."'
No Levítico 23, as palavras: "Eu sou o SEnhor teu Deus" só são mencionadas em duas festas – Shavuot (Pentecostes) e Sucot (Tabernaculos). Nós celebramos dois grandes grupos de Moadim (festas) no decurso do ano
1) os dias Santíssimos, ou os feriados no mês de Tishri
2) e os 3 moadim (festas) de peregrinação a Jerusalém.
* Páscoa (bíblica) = "o tempo da nossa Libertação (salvação) "
* Shavuot = "o tempo da dádiva da Torá e a Ruach Hakodesh (Espírito Santo de D-us) "
* Sucot = "o tempo de nossos Júbilo ". Sucot é uma festa Dupla, pertencente ao dias Santíssimos, e também para os festas de peregrinação, unindo ambos.
O Lulav e Etrog - as 4 espécies
Em Sucot (Tabernaculos), Nós unimos todos os ramos – dois ramos de salgueiros na esquerda, um ramo de palmeira no centro e três murtas à direita. ajuntamos este monte de ramos na nossa mão direita, e os levantamos em conjunto com o Etrog - Cidrão. Nós, em seguida, os agitamos três vezes em cada sentido - frente, direita, atrás, esquerda, para cima, e para baixo.
No Judaísmo, Há um ensino sobre o "Lulav" (as 4 espécies). O ensino trata de com o tipo de pessoa. Cada espécie representa um tipo diferente de pessoa, com base em suas qualidades. Eles são colocados juntos para que eles possam compensar uma da outra, ou seja, unidos seremos todos em um.
* O Etrog (Cidrão) que tem gosto, e cheiro representa a pessoa que aprende e pratica a palavra e boas obras.
* O ramo de Palmeira, que tem gosto, no entanto, nenhum cheiro representa a pessoa que aprende, mas não pratica a palavra e boas obras.
* os salgueiros, que não tem nenhum sabor e nem cheiro representa a pessoa que não atenta a aprender a palavra e nem pratica boas obras.
* a Murta, que não tem gosto, mas tem cheiro representa uma pessoa que não atenta a aprender a palavra, mas pratica boas obras.
Este "Lulav" ensina, quando aplicado ao Judaísmo, é muito interessante. Ele lida com teologia messiânica.
O Etrog ligado ao poder da Ruach HaKodesh (Espírito Santo de Deus).
Esta escrito em Isaías 59:21, " O SENHOR diz ao seu povo: - Esta é a aliança que vou fazer com vocês: o meu Espírito, que eu lhes dei, e as minhas palavras que coloquei em suas bocas, ficarão com vocês para sempre. Vocês os ensinarão aos seus filhos e aos seus descendentes, agora e para sempre. Eu, o SENHOR, falei..
O ramo de Palmeira é O Messias. Conectado em Zacarias 3:8, "... eis que eu farei vir o meu servo, o Tzemach (Renovo ou broto).
Salgueiros estão conectados ao PAI – ADONAY e Seu Espírito e O Messias esta conectado ao escrito em Isaías 48:16, "Chegai-vos a mim e ouvi isto: não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que isso vem acontecendo, tenho estado lá. Agora, o SENHOR Deus me enviou a mim e o Seu Espírito..”
A Murta, com seus dois ramos, estão conectados aos outros dos ungidos. Em conexão ao escrito em Zacarias 4:14, “Então, ele disse: São os dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a terra."
A Sukah-Cabana
Apos Yom Kipur, cabanas temporárias são construídas em todo o mundo judaico.
O cheiro perfumoso cítrico do Etrog (Cidrão) quando entramos na Sukah (cabana), declara a nossa fé na proteção de Adonay nosso Deus. É a essência da festa de Sucot.
Uma ponte
O Sukah (cabana) também fornece uma ponte eficiente entre o dia mais sagrado do ano, o Yom Kipur e a festa da colheita e a alegria de Sucot.
Na conclusão do Yom Kipur, logo após somos ordenados na preparação para construirmos a Sukah. É a Sukah que representa a paz, fé, abrigo e o otimismo eterno do comportamento humano. À noite serviço de sábado de Sucot, dizemos esta oração:
“abra sobre nós o abrigo [Sukah] da sua paz. Bendito sejas Tu, Adonay, que abre sobre nós um abrigo [Sukah] de paz, sobre todo seu povo Israel e ao sobre de Jerusalém”.
A Sukah que construímos em Sucot (Tabernáculos) espelha Sukah celestial que Deus espalha sobre nós. É uma expressão de esperança no nosso futuro
O Sukah da paz
Como a Suká torna-se um “Abrigo da paz"? Se Deus queria proteger-nos, deveríamos ter abrigo de concretos aço e ferro. Quem poderia confiar em algo tão frágil como uma Sukah (cabana) para nos proteger? Sim, ainda na festa de Tabernaculos, judeus saem de suas casas precisamente para expor-se a elementos, por quê? A Sukah da Paz não é feita com armadura de aço, mas com fé. A Sukah é um lembrete de “sukahs” (cabanas) que o filhos de Israel usaram no deserto na época êxodo do Egito
Todo o Israel habitou em uma Sukah – a Sukah da Shekiná de Deus. A "nuvem da Gloria" que acompanhava os hebreus foi removida após o pecado do "bezerro de ouro”. Os Hebreus arrependeram-se e Adonay os perdoou em Yom Kipur. A "nuvem da Gloria" reapareceu cinco dias mais tarde em Sucot (Tabernaculos).
A Sukah é chamada pelos Sábios Rabinos do Talmud de o “abrigo da fé". Nós somos ordenados habitar na alegria. Só podemos fazer isto tendo fé de que algo melhor poderá emergir do que estamos vendo a nossa volta.
Igualdade para todos
A Sukah apaga as diferenças de classes. Todos são ordenados a estar sobre uma Sukah sejam ricos ou pobres. Ela ensina os ricos que os bens físicos não são tão permanentes como eles parecem ser, e que não estão sempre no controle de suas vidas. Ela ensina os pobres, como seus antepassados no êxodo, que eles podem ter confiança que Deus proverá nas suas vidas. Durante a festa Sucot (tabernaculos), os pobres e ricos estão realmente no mesmo "barco" – Sukah
Seres humanos têm uma tendência a pensar Estamos no controle de tudo. Sabemos em nossas mentes que não é assim, mas agimos como se nosso destino e nosso mundo estão em nossas mãos. Temporárias "cabanas- Sukah" mostram-nos que as coisas são bem diferentes. A última palavra é colocar nossa confiança em Deus.
Esta idéia é expressa no livro, Eclesiastes, sobre Sucot. O autor é o Rei Salomão, um dos homens mais rico e sábio de todos os tempos. Ele começa por dizer, " Havel Ha-havelim (Ilusão de Ilusões), diz o Pregador; tudo é Havel (Ilusão). Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?.”
No final, o Rei Salomão soma em Eclesiastes 12:13 dizendo, " De tudo o que foi dito, a conclusão é esta: tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos (Mitzvot) porque foi para isso que fomos criados. "
Rei Salomão descobriu que Adonay é a única força estável no mundo, e não seus bens materiais ou feitos humanos. Este é ponto central da Suká.
Suká: é uma cabana construída na época da festa de Tabernaculos.
O aniversário de Yeshua
O número de dias entre os meses bíblicos Nisan e Tishri é sempre o mesmo. Devido à isso, o tempo da primeira grande festa [Páscoa judaica em Nisan] para a última Grande Festa [Sucot em Tishri] é sempre o mesmo.
Isso poderia ter qualquer conexão com Dia do nascimento de Yeshua (Jesus) em Sucot (Tabernaculos) e sua morte na Páscoa (bíblica)?
Páscoa judaica e bíblica é no 1º mês do calendário bíblico e Tabernaculos é no 7° mês. Escrituras nos alertam que o Messias virá como as chuvas temporã, está escrito em Oséias 6:3 “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao S-NHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva temporã que rega a terra."
Festa
Sucot comemora como Deus cuidou dos Israelitas quando eles "tabernacularam” no deserto, e Nascimento da Yeshua comemora como Deus cuidou de nós enviando seu filho e ele "tabernaculou" entre nós.
Deuteronômio 31:10 diz que Sucot foi escolhida por Deus para ser o tempo quando a Torá iria ser lida publicamente no templo, e Deuteronômio 16:16 diz que cada Israelita deveria subir ate Jerusalém no Templo. Foi em Sucot (Tabernaculos) que a palavra de Adonay apareceu e foi levada para o templo diante todos os judeus.
As Escrituras sagradas não dão uma data exata para o nascimento de Yeshua (Jesus) na Terra. Mas nós podemos ver algumas pistas que apontam para uma época certa.
Zacarias
Zacarias era um Sacerdote levita no qual Lucas diz que ele era da ordem de Abiu. Isso é um detalhe importante, porque a cada ordem de sacerdotes foi atribuída ao serviço do Templo por um período determinado no calendário hebraico.
Em I Crônicas 24, os sacerdotes da ordem de Abiu foram atribuídos ao serviço de Templo entre o dia 12-18 dias do mês bíblico de Sivan. Foi durante seu tempo de serviço no templo, na semana do dia 12-18 de Sivan, que Zacarias foi avisado por um anjo que sua esposa Elisheva (Isabel) teria um filho.
Lucas diz que Zacarias foi pra sua casa e que Isabel concebeu. Não sabemos exatamente quando esta concepção aconteceu. Mas se, no prazo de uma semana de serviço de Templo de Zacarias terminara, ela deve ter concebido cerca de 25 de Sivan.
Se for assim, o filho do sacerdote Zacarias, mais tarde conhecido como João Batista (Yohanan hamadbil), poderia ter nascido mais ou menos em 15 de Nisan (mês bíblico), que é onde ocorre a Páscoa bíblica.
Os Evangelhos dizem que João o Batista tinha espírito e a unção que atuava em Elias. Na tradição judaica os judeus esperam e convidam entrar em suas casas, pois Elias é como um precursor do Messias. Se João Batista, o "Elias" nasceu na Páscoa judaica, ele literalmente preencheu esta expectativa para aquela época.
Maria e Chanucá
Agora vamos considerar Miriam (Maria), a mãe de Yeshua (Jesus). De acordo com Lucas, o Anjo Gabriel visitou Maria no sexto mês da gravidez de Isabel, se a ordem é correta. O sexto mês de gravidez de Isabel teria tido no dia 25 do mês bíblico de Kislev, que é o primeiro dia de Chanucá, a festa de Dedicação. (João 10:22,23)
Se a vinda do Anjo Gabriel a Maria ocorreu durante a festa de Chanucá, Yeshua (Jesus) foi concebido no Útero Maria durante a festa de Chanucá.. Outro vínculo interessante a Yeshua (Jesus): 8 é o número tradicionalmente associado ao Messias, e a luz é e o principal Símbolo para a festa de Chanucá. (dedicação)
Agora 285 dias a partir do primeiro dia da festa de Chanucá é 15 de Tishrei (mês bíblico), primeiro dia de festa de Tabernaculos. Assim, se Yeshua realmente foi concebida durante a festa de Chanucá, ele teria nascido durante--a festa de Sucot (Tabernaculos)!
As Implicações proféticas
Quais são as implicações proféticas se Yeshua (Jesus) nasceu durante Sucot (Tabernaculos). Há pistas que podem ser encontradas em toda a Escritura. A Compreensão judaica antiga e a expectativa, é que o Messias chegaria no quarto dia. Quando nos referimos ao quarto dia quando nós falamos quarto dia estamos nos referindo aos sete dias da criação. Os rabinos há muito tempo vêem isto como uma analogia de 7000 anos.
Acreditamos que estamos bem no finalzinho do sexto dia; o ano de milésimo de 6. No sétimo dia, ou 1000 anos do sétimo dia é o Reino do milênio do Messias, no qual estamos em expectativa.
A idéia de que o Messias viria no quarto dia, ou pelo ano 4000 é derivado em parte por causa de Malaquias 4:2. "Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas.
Na tradição hebraica, o Sol refere-se a chegada do Messias no quarto dia, o dia que o sol foi criado. Em suas asas refere-se ao tzit-tzit ou as franjas sobre os cantos (asas) da peça de seu vestuário.
Recordar-nos destes tzit-tzit que aludem aos 613 mandamentos da Torá e no caso de Yeshua, representam o poder de Torá para curar. Lembram-se a mulher com o fluxo de sangue? Ela tocou nas orlas das vestes (tiz-tizt) de Yeshua é foi curada instantaneamente.
O ano 4000 é aproximadamente o ano 3 D/C., o ano em que muitos pensam foi o ano de nascimento do Yeshua.
A Contagem
Para determinar quando o anjo deu esta profecia A Zacarias, começamos pela análise I Crônicas 24, que é a ordem dos Cohanim (os sacerdotes), que serviam no Templo. Eram 24 divisões de sacerdotes para que o templo tivesse sempre em funcionamento. Zacarias era um membro da divisão de Abiu. Em 1 crônicas 24:10 nós sabemos que esta divisão, esta família de sacerdotes, era servir na oitav ordem das 24 divisões. "a sétima para Hakoz, a oitavo para Abiú,"
Os escritos judaicos Talmúdicos, chamados Mishná, afirma que o serviço da primeira divisão começar no primeiro Shabat do mês bíblico de Nisan, que é duas semanas antes da Páscoa bíblica. Cada divisão de sacerdotes serviam um semana durante duas vezes no ano. Mas, também o Talmud, a Mishná diz que todos os sacerdotes também atuavam na festa de Pesach (páscoa bíblica), Shavuot (Pentecostes), e Sucot (Tabernaculos) devido ao maior número de peregrinos nestes moadim (tempos separados por Deus – Festas).
Lucas 1:5, “Nos dias de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abiu. Sua mulher era linhagem de Arão e se chamava Isabel."
Se você contar oito semanas a partir do o tempo que a primeira divisão em 1º do mês bíblico de Nisan e em seguida, adicionar duas semanas para Pesach e duas semanas para Shavuot, chegamos ao tempo que Zacarias estava servindo no templo, ou sobre dez semanas após primeiro de Nisan, que é aproximadamente meados de Junho. Escolhemos a primeira semana do serviço de Zacarias no ano, em vez do segundo.
Há boas razões para isso. As palavras do Anjo a Zacarias são uma chave. O anjo disse filho de que Zacarias ia anunciar a vinda do Messias, o espírito e a unção de Elias. Quem eles esperavam para Páscoa bíblica? Elias. O Nascimento de João ocorre nove meses mais tarde, no o tempo de Pesach (páscoa). A Tradição oral judaica, ainda hoje, diz que será Elias que aparecerá na Páscoa para anunciar a vinda do Messias.
Lucas 1:36, " Fique sabendo que a sua parenta Isabel está grávida, mesmo sendo tão idosa. Diziam que ela não podia ter filhos, no entanto agora ela já está no sexto mês de gravidez."
Em Lucas 1:36 a Ruach HaKodesh (Espírito Santo) veio sobre Maria, a jovem esposa de José na cidade de Nazaré, no momento quando o sua prima Isabel já estava grávida de João seis meses. Se juntarmos seis meses ao nascimento de João cai na Páscoa no mês de Nisan, vamos chegar ao mês de Tishrei que cai no nascimento da Yeshua (Jesus).
Se José e Maria passaram em Beit Lecheim (Belém) durante a festa Sucot (Tabernaculos), é muito provável que nascimento da Yeshua (Jesus) ocorreu sobre uma Suká, uma estrutura temporária construída para a festa. Porque não havia nenhuma vaga em hospedarias nas proximidades, aproveitaram uma sukah.
Aludindo ao seu nascimento, como o que está escrito em João 1:14: E o Verbo se fez carne e tabernaculou entre nós, cheio de Chesed ve’Emet (graça e de verdade), e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
A palavra grega usada aqui é Skenê que significa tabernacular então refere-se a uma habitação temporária Contexto Hebraico só poderia ser um sukah. No Talmud na Mishná diz que á admissível para um sukah ser construída a partir de um estábulo por exemplo.
Migdal Eder
Outro fato fascinante são as informações em Miquéias 4:8: A ti, ó torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, virá o primeiro domínio, o reino da filha de Jerusalém. .
Esta torre do rebanho, Migdal Eder em Hebraico, é um lugar antigo e foi mencionado em Gênesis 35:16-21. Era o lugar onde Jacó acampou periferia de Belém após a morte de sua esposa Raquel.
Migdal Eder, a torre do rebanho, era na periferia Norte da cidade. O Talmud na Mishná afirma que os sacerdotes Saduceus utilizavam esta área para criar as ovelhas e outros animais que venderiam para o sacrifício no templo na época de Yeshua (Jesus).
Se a sukah onde ouve o nascimento de Yeshua foi perto de Migdal Eder, ele confirma seu nascimento como o Cordeiro Pascal de Deus. Se Yeshua nasceu em 15 de Tishrei, primeiro dia de Sucot, o que iria acontecer oito dias mais tarde? Sua brit milá, seu ritual Circuncisão oito dias após seu nascimento, ocorreria em Shemini Atzeret, o dia de final da festa.
Neste dia, Shemini Atzeret, o oitavo dia, também se tornou conhecido como Simchat Torá, a alegria da Torá, o dia em que terminamos o livro de Deuteronômio e ciclo anual de leitura e reiniciamos a leitura com o livro do Gênesis.
Isto estaria mostrando que Yeshua é a Torá viva. João 1:1 nos diz que: “No princípio era o Verbo (Torá), e o Verbo (Torá) estava com Deus, e o Verbo (Torá) é Divina.” Podemos constatar que no dia da Shimchat Torá foi o dia em que Yeshua (Jesus) foi levado para dentro do Aliança de Abraham através de brit milá (Circuncisão).
Nosso Messias Yeshua (Jesus) voltará em breve e reinará e governará todo o planeta de Jerusalém por 1000 anos. Esses detalhes não são coincidência. É uma parte do plano da Adonay nosso Deus desde o início.
Nós celebramos Yeshua durante a festa de Sucot. Estamos ansiosos por estes 1000 anos para viver e reinar com ele. Mas nós também o celebramos como sendo a Torá e o Rabino de Torá perfeito. Ele, próprio, ensinou que devíamos guardá-la; seguindo e praticando os mandamentos da Torá.
Nossa salvação vem por meio de Yeshua como nosso sacrifício pascal e foi pela graça (chesed) de Deus e também nosso arrependimento. Mas podemos guardamos a Torá em resposta ao seu amor e em obediência ao nosso Pai e seu Messias, isto mostra que fomos salvos.
Apocalipse e Sucot
O Milênio
Sucot fala sobre o ajuntamento e o milênio. Em Zacarias 14, introduz a era milenial. Ele informa da libertação de Jerusalém e como o Messias vai ser rei sobre todo o planeta.
Sucot é uma imagem da era Messiânica, o reinado de 1000 anos de Messias Yeshua. Adonay nosso Deus diz a nós através de Zacarias o Profeta que na era messiânica todos irão subir a Jerusalém de ano para ano culto o Rei, e celebrar a festa de Sucot (Tabernáculos).
Não haverá nenhuma chuva para aquelas nações da terra que não forem a Jerusalém de ano em ano para adorar o Rei (Zacarias 14:16-18).
Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos. Se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva. Se a família dos egípcios não subir, nem vier, não cairá sobre eles a chuva; virá a praga com que o SENHOR ferirá as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos.
A festa de Sucot, e a mais importante no reinado de Messias, porque foi o tempo do seu nascimento e porque ela representa seu reinado.
A festa de Sucot simboliza a própria presença de Yeshua o Messias. Yeshua é "O Tabernaculo de Deus”.
HAG SAMEACH SUKOT - TENHA UMA FELIZ FESTA DE TABERNACULOS
shabat shalom
Conclusão
A festa dos Tabernáculos é mais uma das belas festas bíblicas, com as conotações escatólogicas.
Nós gentios, não estamos obrigados a cumprir estas festas, mas acreio que é muito bom conhece-las.
Sabemos que ainda existem muitos evangélicos que tem dificuldades de aceitar nossos irmãos judeus, talvez por que não aprenderam que o Senhor Jesus é Judeu.
Não podemos esquecer do Salvador, que esperamos para o arrebatamento da Igreja, o Senhor Jesus Cristo, é Judeu de nascimento.
A nossa intenção com a divulgação destes textos é trazer para um número cada vez maior de irmãos e irmãs o conhecimento destas verdades bíblicas e a interpretação dos textos feitos em visão judaica.
Para fugirmos um pouco das análises bíblicas baseadas em filosofias, por que as correntes filosóficas estão distantes de várias formas do texto bíblico: no tempo, no conteúdo, na cultura, na línguagem e nos autores, desta forma cremos que o pensamento filosófico ou correntes filosóficas não são a ferramenta ideal para traduzir as verdades da escrita de Deus para nós; a Bíblia.
Graça e Paz
domingo, 13 de junho de 2010
PROBLEMAS DA BÍBLIA HEBRAICA EM PORTUGUÊS
Alterações textuais que impedem a percepção de Yeshua como o Messias
Por Igor Miguel
Existem excelentes versões da Bíblia produzidas no mundo judaico, em específico, versões da Torá. Pela primeira vez foi publicada em português, uma versão de todo o Tanách (o chamado Antigo Testamento para os cristãos) que se afirma traduzida diretamente do hebraico.
Sabe-se que toda tradução é naturalmente interpretativa e hermenêutica. Ou seja, está sempre submetida aos conceitos e ponto de vista do tradutor. Há os que sustentam uma “imparcialidade” ou “neutralidade” em traduções. Porém, cientificamente, sabe-se que a “neutralidade” é um mito. O tradutor pode tender à “imparcialidade”, porém sempre há algo de sua individualidade e subjetividade que estarão presentes em sua produção textual.
Nesta mesma linha, há o mito da “tradução fiel”, que é tratar a tradução como uma reprodução literal e precisa da fonte primária. Em outras palavras, uma tradução da Bíblia em português (ou qualquer outra língua) que se diga 100% fiel às fontes originais. O ideal de uma “tradução fiel” é uma impossibilidade técnica, não há como fazer uma tradução que reproduza fielmente, em todos os aspectos, o que o autor quis dizer. Pois é óbvio, que o sentido de um texto só pode ser entendido em todas suas dimensões de significado, quando inserido em sua língua e contexto originais. Ao passar este significado ou sentido para uma outra língua, há perdas, limitações naturais que ocorrem pelo simples fato de ser uma tradução.
Existem subjetividades de ordem cultural que precisam ser levadas em conta, há estruturas que são peculiares de uma língua específica. A exemplo de hebraísmos, rimas, jogos de palavras, expressões e até mesmo codificações que só fazem sentido na língua original, por isto, simplesmente é impossível reproduzi-las em sua totalidade em uma tradução.
Como já fora introduzido, a tradução também corre o risco de ser ideológica, ou seja, de carregar consigo a tendência ou pressupostos teológicos ou filosóficos, do tradutor. Por isto, o leitor deve ter clareza – ao ler uma Bíblia traduzida – que ele não está lendo a Palavra de D’us de uma forma direta, mas transmitida por uma tradução suscetível à interferências do tradutor. A Palavra de D’us, nos foi transmitida em língua oriental, no caso das Escrituras Judaicas, a língua hebraica (com alguns trechos em aramaico). O leitor deve ter extremo cuidado para não cair em uma excessiva sacramentalização da tradução, ou seja, uma supervalorização canônica da tradução, pois ela é uma “reprodução” sujeita à ruídos e interferências. Sendo assim, a Bíblia traduzida seja por quem for, sempre será uma versão vulnerável a pontos de vistas e imperfeições. Somente os originais podem ser tratados como textos realmente canônicos e realmente inspirados. Estes sim são a “fonte primária”.
Por isto, não existem traduções perfeitas, ou uma que possa ser considerada a melhor. Existem boas traduções da Bíblia publicadas por editoras protestantes, católicas e judaicas (no caso por exemplo do Tanach), porém, estão todas suscetíveis às críticas e às mesmas vulnerabilidades textuais que já foram mencionadas.
Deve-se deixar claro por outro lado, que nenhuma tradução é desprezível, a maioria das produções sérias, como as versões clássicas (ARA, ARC, KJV, etc), são trabalhos de profunda importância intelectual e espiritual. As traduções introduziram as pessoas aos originais, lhes permitiu terem seus primeiros contatos com as Escrituras Sagradas em vernáculo conhecido. Isto é de grande valor! As limitações de uma tradução da Bíblia, não a colocam em categoria desprezível. Toda tradução tem seu valor, o que não anula obviamente, suas limitações.
Já vem sendo demonstrado através de vários artigos e palestras, os diversos problemas de tradução em versões cristãs da Bíblia, principalmente em textos que possuem vínculos teológicos à respeito da Lei, dos judeus, de Israel, etc. Há trechos em específico do chamado Novo Testamento, que foram distorcidos em uma tentativa de ofuscar a teologia do relacionamento de D’us para com Israel, a Torá e seu povo. Há hoje um esforço teológico, para desmascarar esta tendência histórica de versões cristãs da Bíblia em “desjudaizar” as Escrituras.
Porém, nunca foi apresentada uma crítica (no sentido técnico) às tendências das versões judaicas das Escrituras, levando em conta em específico a recente e única edição judaica do Tanach em Português.
Não há intenção aqui, obviamente, de hostilizar a versão, seus editores ou tradutores. O que se propõe é apenas uma crítica de ordem teológica e técnica a textos que sofreram algum tipo de distorção, em favor de posicionamentos dogmáticos impostos por uma tradição histórico-religiosa milenar. Tradição respeitável, mas que não é hermética ou fechada, antes aberta ao diálogo e à reflexão livre. Mesmo que isto coloque em jogo alguns paradigmas. Se o que se deseja é o bem da verdade, que assim seja!
WHAT HAPPENED WITH JESUS’ HAFTARAH?
(O QUE ACONTECEU COM A HAFATARÁ DE JESUS?)
Foi recentemente publicado um artigo pelo Jornal israelense Haaretz, que trata de um assunto polêmico, mas que precisa ser debatido. Muitos estudiosos e pesquisadores das Escrituras, em específico aqueles que se especializaram sobre o Novo Testamento, vinham questionando algo interessante.
Alguns sabem que há uma tradição milenar no judaísmo, que é a leitura de porções dos profetas após a leitura pública da Torá (Pentateuco). Estes textos previamente selecionados dos escritos proféticos são chamados de Haftará. Uma das fontes mais antigas, que descreve ocasionalmente esta tradição judaica, está maravilhosamente preservada em um texto do chamado Novo Testamento, em específico em Lucas 4:16-20 que diz:
“Indo [Yeshua/Jesus] para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado [Shabat], na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Então lhe deram o rolo do profeta Isaías, e abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres [...] tendo fechado o rolo, devolveu-o ao assistente [chazan] e sentou-se ...” .
Este texto fascinante, demonstra com clareza que Yeshua (Jesus) fez a leitura pública do rolo do profeta Isaías na sinagoga em um Shabat. O que fazia Ele na ocasião? Nada mais, nada menos, que a antiga e boa tradição judaica da leitura da Haftará, já mencionada.
Porém, o problema que alguns estudiosos observaram ao ler esta narrativa, foi: Que trecho é este que Yeshua leu? Ora o texto lido por Ele advém em específico do capítulo 61:1 e 2 do livro do profeta Isaías. Daí surgiu outra questão: Se a leitura das porções dos profetas (a Haftará) é selecionada antecipadamente, em uma tabela oficial. Quando esta leitura é ou era feita na sinagoga? Esta dúvida permaneceu durante muito tempo sem uma resposta satisfatória.
Sabe-se que a leitura oficial dos profetas é determinada por uma escala elaborada pela tradição dos rabinos. Assim vem sendo orientada por centenas de anos. Mas, o que se percebe no caso de Yeshua, é que o texto lido por ele, não se encontra na escala de leituras do judaísmo atual. Por quê? Há algum erro no Novo Testamento? Há os que sustentam este argumento, porém, esta não é a resposta adequada. Teria então, a lista de leitura das Haftarôt (plural de Hafatará) sofrido alguma alteração, por parte de alguns rabinos ou decretos rabínicos?
Foi publicado pelo jornal israelense já mencionado, um artigo intitulado em inglês como: “What happened to Jesus’ Haftarah?” de autoria de Hananel Mack1, cuja informação é no mínimo intrigante. Produto sem dúvida de uma mente crítica e atenta a possíveis falhas na bela estrutura do judaísmo, imprecisões que precisam ser criticadas e discutidas, ao invés de serem friamente aceitas.
O que o autor do artigo propõe, é que existem raras referências na tradição judaica, que podem dar alguma pista de quando exatamente surgiu a prática da leitura dos profetas nas sinagogas. Há obviamente os que argumentam que esta nasceu no período dos Macabeus (166-63 A.E.C.), porém o autor deixará claro que estas evidências históricas ainda são questionáveis. O curioso é que ele recorrerá a fontes, inusitadas para o judaísmo, que provam a existência desta prática já na época do II Templo. Incrivelmente um dos documentos, demonstrado pelo autor, que descreve a leitura da Haftará no I século E.C., está no chamado Novo Testamento. Um trecho é o que narra a leitura pública do profeta Isaías por Yeshua (Jesus) na sinagoga de Nazaré e outro é o que está preservado no livro de Atos dos Apóstolos capítulo 13. Estas são claras evidências de que tal prática era comum na época do II Templo, tanto em Israel como na Galút (diáspora).
O quê autor questiona é que, como já fora introduzido, não há menção deste trecho do profeta Isaías (lido por Yeshua) na lista oficial de leituras da Haftará do judaísmo recente. Logo, vem a pergunta: O que aconteceu então, com a Haftará que Jesus leu na sinagoga de Nazaré?
EXCLUSÃO DELIBERADA DE TEXTOS MESSIÂNICOS
Para o autor israelense houve uma exclusão deliberada por parte de líderes religiosos judeus da diáspora, principalmente em redutos judeus onde havia uma cultura predominantemente cristã. Para ele houve uma iniciativa da elite religiosa judaica em REMOVER os textos em que YESHUA poderia ser identificado ou associado ao Messias. A curiosidade é que os capítulos 60, o final do 61, o capítulo 62 e 63 do profeta Isaías, estão na lista de leitura da Haftará. Mas, estranhamente, o início do capítulo 61, que fora lido por Yeshua em Nazaré, não está na lista. Segundo o autor, na verdade o texto lido por Yeshua fora excluído arbitrariamente.
Esta inferência apresentada por Mack não foi produzida sem fundamentos. Baseia-se na antiga lista de leitura de Haftarôt encontrada na Guenizá2 da sinagoga do Cairo. De fato, o referido texto (Isaías 61:1 e seg.) era lido na Haftará desta antiga comunidade do Norte da África. Por quê? Porque as comunidades judaicas desta região, não tinham contato com os debates sobre Yeshua (Jesus) e o judaísmo, afinal eram locais onde havia predominância religiosa islâmica. Não havia conflito entre a cultura local e a estrutura litúrgico-teológica do judaísmo nestes locais. Não havia nada, a priori, no Islã que poderia por em risco a fé judaica.
Em suma, o que o autor tenta demonstrar é que houve um esforço no judaísmo ocidental (que logo se espalhou para o restante do mundo judaico) de excluir textos que eram tradicionalmente usados por cristãos como textos prova a respeito de uma possível “messianidade” de Yeshua. Estes eram os chamados textos messiânicos.
Todos os textos abaixo foram excluídos deliberadamente da tradição judaica, por motivos óbvios. O interessante é que a leitura atual da Haftará engloba ou versos ou capítulos, antes ou depois destes trechos, mostrando claramente a resistência do judaísmo em inserir em sua liturgia textos messiânicos.
ALGUNS TEXTOS EXCLUÍDOS PELA TRADIÇÃO JUDAICA DA LEITURA DAS HAFTARÔT:
ISAÍAS 7:14 - “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel”.
ISAÍAS 52:13 e 14 - “Eis que o meu Servo procederá com prudência; será exaltado e elevado e será mui sublime. Como pasmaram muitos à vista dele (pois o seu aspecto estava mui desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua aparência, mais do que a dos outros filhos dos homens)”.
ISAÍAS 53:1-6 - “Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos”.
ISAÍAS 42:1-7: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios. Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça. Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega; em verdade, promulgará o direito. Não desanimará, nem se quebrará até que ponha na terra o direito; e as terras do mar aguardarão a sua doutrina. Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela. Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas”.
JEREMIAS 31:31-33: “Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. OSÉIAS 11:1 - “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho”. MIQUÉIAS 5:2 – “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”.
ZACARIAS 9:9 – “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta”.
Parece meio óbvio, que estes textos tenham sido excluídos da leitura pública da tradição judaica, fica evidenciado que estas profecias têm profundas implicações de ordem messianológica, em favor de Yeshua como única pessoa histórica que se tem relato textual que cumpriu, ou pelo menos teve algum vínculo com estas profecias. O que se vê é um esforço deliberado contra a figura de Yeshua (Jesus) como Messias.
ADULTERAÇÃO DE TEXTOS MESSIÂNICOS
O esforço do judaísmo tardio em descaracterizar, ou pelo menos, em prevenir a comunidade de uma “livre associação” entre textos messiânicos com a figura de Yeshua continua ainda de forma mais intensa, quando se trata de uma tradução recente, do Tanách3 (da Bíblia Hebraica – também conhecido como Antigo Testamento pelos cristãos). Infelizmente, muitos cristãos ávidos e leigos, ainda inexperientes na relação cristianismo x judaísmo, se envolvem em elogios até públicos, sem ao mesmo refletirem criticamente sobre estes textos.
Como de praxe nesta versão, em nada diferente de outras traduções da “Bíblia Hebraica” existentes no mundo, há inferências entre parênteses que são usadas, segundo os editores, para a “... inserção criteriosa de certas palavras (normalmente entre parênteses) quando extremamente necessárias à compreensão do texto, ou adotou-se determinada tradução não literal a fim de possibilitar sua leitura à dos ensinamentos e orientações técnicas dos Sábios do Talmud e dos consagrados exegetas bíblicos judeus dos últimos 2 mil anos”4. Neste ponto reside a principal crítica deste artigo. Ao submeterem uma tradução das Escrituras Hebraicas para o português, levaram em conta uma tradição paralela de tradução das Escrituras, neste caso as orientações de rabinos da antiguidade bem como outros intérpretes judeus. Ou seja, o que se tem não é apenas uma tradução, é uma “interpretação”. Felizmente, este ponto foi deixado claro.
O problema reside no fato de que, como foi visto na questão das Haftarôt, há na estrutura do judaísmo posterior ao Segundo Templo, uma tendência a “ajustes” de ordem teológica na própria religião, de forma não haver lacunas para uma possível compreensão ou associação de Yeshua (Jesus) como uma figura messiânica. Para prevenir possíveis “distorções”, apela-se para todo tipo de “adaptação” textual, para que se alcance este objetivo.
Pensar-se-á em algumas passagens bíblicas cuja tradução é conduzida de tal forma que levam o leitor à conclusões previamente elaboradas, obviamente com fins profiláticos, como uma forma de prevenir outros judeus de perceberem a figura messiânica de Yeshua nestes possíveis textos.
Citar-se-ão alguns textos na versão portuguesa da Bíblia Hebraica e será feita em seguida uma análise exegética destes textos, percebendo possíveis distorções ou interpolações.
TEXTO 1: ISAÍAS 9:6-7 (v.5-6 no texto hebraico):
“Pois nasceu entre nós uma criança, um filho (de Achaz, da dinastia de David) nos foi dado. E sobre seus ombros estará a autoridade; por isso o Maravilhoso Conselheiro, o D’us Todo-Poderoso e Pai eterno, alcunhou-o (a Hizikiáhu [Ezequias], o filho de Ahaz) de Sar-Shalom (‘Príncipe da Paz’)...”
Como já foi dito, as inferências entre parênteses são em alguns casos elucidativas, mas em outros, são ampliações do texto vinculando-os a uma tradição interpretativa.
Neste texto a “criança”, a priori não identificada diretamente no texto, é associada ao filho do rei Acaz, neste caso o Rei Ezequias. Observe, que as observações entre parênteses não constam no texto hebraico original, são interpretações de ordem especulativa, não havendo clareza no texto sobre tal possibilidade. Repentinamente, a “criança” ou o “menino”, ‘cujo poder está sobre seus ombros’, é nomeado de “Príncipe da Paz” por um terceiro sujeito: “O D’us Todo Poderoso e Pai Eterno”. Estranho pois no texto hebraico esta estrutura final está da seguinte forma:
Vaikrá [e chamar-se-á] sh’mô [seu nome] pélê [maravilhoso] yoêts [conselheiro] Êl-Gibor [D’us Forte] Aviád [Pai Eterno] Sar-Shalom [Príncipe da Paz].
Como pôde ser observado, na tradução interlinear (transliterado) não há possibilidade para outra tradução, não há a expressão “por isso” usada pela Bíblia Hebraica em Português. Nem o artigo definido “o conselheiro”, como se houvesse uma outra pessoa no texto. Fica claro que todo os adjetivos usados no texto se aplicam à “criança” (O Messias) que nasceria e teria o poder sobre seus ombros. Há nitidamente inferências artificiais no texto tendo em vista conduzir o leitor a uma interpretação intencionada.
Veja ainda que o tradutor deslocou os adjetivos messiânicos para o Eterno, obviamente para ofuscar a argumentação de séculos, de que este texto refere-se a Yeshua.
Enfim, o que o texto do profeta deseja, é demonstrar o caráter representativo do Messias, cuja função é revelar: o “D-us Forte”, “O Pai da Eternidade”, etc.
Óbvio, que a abordagem tradicional cristã sobre a divindade do Messias, tem pontos de debate e em alguns casos até mesmo conflitantes com um modelo de fé legitimamente monoteísta. Por isto, está disponível no site do Ministério Ensinando de Sião (www.ensinandodesiao.org.br) um artigo que demonstra uma forma alternativa de abordar o caráter “divino” do Messias. Desprovido de um deslocamento da pessoa do Eterno para Yeshua, como vem fazendo tradicionalmente a abordagem cristã a respeito da relação Pai X Filho. Porém, este é outro debate.
TEXTO 2: ISAÍAS 7:14:
“Eis pois que o Eterno, Ele mesmo, vos dará um sinal: eis que a moça grávida dará à luz um filho e o chamará Imanuel (‘Deus está conosco’)”.
Hú [ele] lachêm [para vós] ôt [um sinal] hinê [eis] haalmá [a moça] hará [grávida] veylédét [dará à luz] bên [um filho] v’karát [e chamará] sh’mô [seu nome] imanu-êl [D’us conosco].
Quando um cristão lê este texto, percebe logo a diferença em relação as versões cristãs, que traduzem geralmente o verso como: “... eis que a virgem dará à luz um filho...”, ao invés de “... eis que a moça...”. O problema reside na polêmica sobre a palavra hebraica “almá” hml[ (traduzida pelas versões não-judaicas como: virgem). O argumento judaico é que esta expressão não significa “virgem”, mas “mulher jovem” ou “moça”. De fato, as Escrituras Hebraicas possui uma palavra específica para fazer referência a virgem, o termo “betulá" hlwtb. Porém, é óbvio que o termo “almá”, que apesar de significar “moça” ou “menina jovem”, não descarta a hipótese de virgindade. No livro de Mateus quando da narrativa do nascimento de Yeshua, vê-se claramente o uso do termo grego “partenós” παρθενος (virgem) para se referir a “Miriam” (Maria). Isto não foi acidental, pois a versão grega das Escrituras Hebraicas (que era muito popular entre os judeus de Israel no I século) chamada de Septuaginta (ou LXX), adota a mesma expressão “partenós” παρθενος (virgem) para traduzir “almá” do hebraico de Isaías 7:14. Provando assim, que os judeus responsáveis por traduzirem as Escrituras do hebraico para o grego viam claramente o vínculo natural entre almá e “virgindade”, apesar de haver uma palavra hebraica específica para “virgem”.
Óbvio, que já houve uma tentativa do movimento chamado “Jews for Judaism” (judeus pelo judaísmo) de contra-argumentar este posicionamento. No manual antimissionário de autoria do sr. Bentzion Kravitz, encontra-se a seguinte afirmação em relação a Septuaginta: “... Os 70 rabinos não traduziram o livro de Isaías, mas apenas o “Pentateuco”, os cinco livros de Moisés...” (A Resposta Judaica aos Missionários – Manual Antimissionário – Rabino Bentzion Kravitz – Judeus pelo Judaísmo – em nota pg.22). Bem, discorda-se deste posicionamento usando-se a famosa Encyclopaedia Judaica que traz a seguinte informação:
“É amplamente aceito que a Carta de Arestéias faz menção sobre uma tradução oficial do Pentateuco, feita em Alexandria no começo do III século A.E.C. -- [antes da era comum ou antes de Cristo] -- seja válida. Porém, sabe-se que o projeto teve início pela comunidade judaica de fala grega, que precisava de uma versão do Pentateuco para serviços e instrução. Esta versão, que era indubitavelmente um trabalho coletivo, talvez baseado em escritos anteriores ou tentativas orais, foi recebida com entusiasmo pela comunidade. Ela foi seguida pela tradução dos outros livros da Bíblia Hebraica. De acordo com Thackeray, a carência litúrgia dos judeus de Alexandria os levou a uma gradual tradução dos profetas tardios, seguido pelo dos profetas posteriores, durante o segundo século, enquanto os livros hagiógrafos [chamado pelos cristãos de apócrifos] eram traduzidos separadamente no primeiro século A.E.C. ou mais tarde. Porém, é geralmente defendido que as versões dos profetas posteriores e tardios devem ser colocados antes do fim do terceiro século A.E.C., e que no mínimo alguns dos Hagiógrafos já estavam traduzidos no começo do segundo século A.E.C., até porque o prólogo para o grego Bem-Sira (132 A.E.C.) refere-se a uma versão já existente da ‘Lei, os Profetas e os outros escritos’. Por isto é aceito que uma versão completa da Bíblia Hebraica existia ao menos no começo do primeiro século E.C. [na era comum, ou depois de Cristo]”. (Traduzido pelo autor da Encyclopaedia Judaica – em CD-Rom V.1.0 – Keter Publishing House, verbete: “Bible: Translations”).
Como se observa, já havia uma versão completa das Escrituras hebraicas em língua grega no I século, contendo “A Torá, os profetas e os Ketuvim”. Sendo assim, o argumento do Manual Antimissionário de que a versão dos 70 (Septuaginta) só traduzira o Pentateuco é insustentável.
Sintetizando: para os tradutores judeus que elaboraram a versão grega das Escrituras hebraicas, era natural o uso do termo grego partenós (virgem) para se referir a almá no hebraico (moça). Obviamente porque não havia dissociação entre “moça” e “virgem”.
A tradução em debate, quando adota esta tradução visa ofuscar a promessa do nascimento virginal do Messias. Deve-se ter em mente que o texto de Isaías se refere a um sinal, no hebraico “ôt” twa, expressão sempre usada nas Escrituras associada à “sinal sobrenatural” [salvo raras exceções] (Ex 7:13 – sinais e maravilhas), não há nada “sobrenatural” em uma pessoa normal dar à luz, porém uma virgem dar a luz em estado de virgindade, é um “sinal sobrenatural”.
Israel teve em sua trajetória vários casos em que mulheres que não podiam dar a luz de forma natural e conceberam por intervenção divina, obviamente não eram virgens, mas eram estéreis, e D’us por sua intervenção as fez conceber (como Sara em idade avançada). Há algum limite para o poder do Eterno? Não seriam estes casos que vão desde Sara, passando por Ana até Isabel (parente de Maria), sinais de uma concepção ainda mais milagrosa que ocorreria quando o Messias viesse ao mundo?
Targumim, plural de “targum” (tradução). Traduções interpretativas judaicas do hebraico para o aramaico.
TEXTO 3: ISAÍAS 52:13—53:12.
Este é o texto mais adulterado da versão portuguesa da Bíblia Hebraica. Far-se-á uma análise de alguns trechos considerados de maior gravidade.
Este trecho é comumente conhecido, como se referindo ao “servo sofredor”, associado durante muitos anos no judaísmo a figura do Messias, como bem demonstra alguns targumim5 e trechos do Talmud. Houve uma mudança de ponto de vista hermenêutico (interpretativo), na estrutura do judaísmo da idade média, tendo em vista prevenir a associação da figura de Yeshua (Jesus) com este texto. Houve um consenso rabínico de se procurar uma interpretação alternativa a Isaías 53, ao invés de associá-lo ao Messias.
Isaías 52:13 que começa na Bíblia Hebraica em português como: “Eis que há de prosperar Meu servo (o povo de Israel)...” Deixa óbvia a interpolação entre parênteses e proposta de associação entre o “servo” com o “povo de Israel”, descaracterizando o caráter messiânico da profecia. Estranho, para uma versão que se propõe manter seus vínculos com a tradição, ignorar como o Targum Jonatas (Yonatân) traduz o começo do texto: “Eis que o meu servo o Messias (o Ungido), há de prosperar...” .
Em Isaías 53:4 a Bíblia Hebraica em português propõe a seguinte tradução: “Na verdade, eram os nossos sofrimentos (das nações) que (Israel) suportava, e as dores que o oprimiam, mas nós o considerávamos um ser aflito, golpeado e ferido por D’us”.
Veja a diferença, na tradução interlinear (literal) no quadro abaixo:
Achên [certamente] chalayênu [nossas enfermidades] hú [ele] nassá [levou] umachovêinu [e nossas dores] sevelêm [carregou] vaanáchnu [e nós] chasháv’nehú [o julgamos] nagúa [golpeado] muké [ferido] elohim [de D’us] umuné [e oprimido].
Não há, obviamente nem “Israel” e nem as “nações” no texto original. Mas, observe, que o tradutor colocou “... as dores que o oprimiam...”. Associando assim a “dor” à 3ª pessoa (ele), como se o texto estivesse associando “as dores” ao sujeito descrito no texto, que para a versão é “Israel”. Mas, no original não é bem assim. O que se vê é o uso da expressão “umachôvêinu” wnybakmw que está na 1ª pessoa do plural (nós) como indica o sufixo ”einu”. O texto está dizendo que “ele” (o servo sofredor – o Messias) levará as “nossas dores”, ou seja as dores do povo de Israel e não o contrário, como se Israel carregasse em si suas próprias dores.
Uma curiosidade sobre este trecho é que na tradição judaica, anterior à idade-média, este era interpretado como se referindo ao Messias, como descreve o Talmud:
"Disse Rav: O mundo foi criado só para David. Disse Shemuel: Para Moisés. Disse o Rabi Yochana: Para o Messias. Como se chama o Messsias? (...) Se chama "o leproso da casa dos estudos"- disseram os rabinos - porque disse o escrito: CERTAMENTE ELE LEVOU AS NOSSAS ENFERMIDADES, E SOFREU NOSSAS DORES; E NÓS O REPUTAMOS POR FERIDO DE D'US E OPRIMIDO" (ISAÍAS 53)" (Talmud Babilônico, Tratado San'hedrim 98a).
Outro trecho sujeito a críticas é o que se encontra no verso 8: “Com opressão e juízo iníquo foi aprisionado; acaso alguém (das nações) argumentou para com sua geração: ‘Ele (Israel) foi exilado da terra dos vivos pela transgressão do meu povo, e por isso recebeu esse duro golpe?’” (grifo meu). Ao analisar o trecho destacado em negrito, o que se vê é uma frase contraditória. Afinal, todo o tempo o autor impõe um diálogo entre “Israel” e as “nações”, excluindo uma terceira pessoa, a figura do Messias.
Observe a tradução interlinear-literal:
Ki (porque) nigzár (ele foi cortado) meérets (da terra) chaim (dos vivos) mipêsha (da rebelião) ami (do meu povo) nega (um golpe) lamô (recebeu)”
O que se vê é que a expressão “ami” (meu povo) se refere a ISRAEL, a única nação no mundo que é chamada nas Escrituras Hebraicas de “meu povo”. Então como pode o mesmo Israel levar um golpe pelo “meu povo” (Israel). Há um outro sujeito que recebeu um golpe pela rebelião ou transgressão do povo de Israel. Isto é demonstrado pelo verbo “nigzár” (que está na 3ª pessoa do singular masculino – “cortado”) e o verbo “lamô” (que também está na 3ª pessoa do singular masculino – “recebeu”). Lembrando, que não há a expressão “exílio” (galút) no texto original. Fica claro que neste caso há referência ao Messias (a 3ª pessoa do singular) como redentor das culpas de Israel.
Isaías 53:10 Este é outro trecho profundamente alterado, veja como se segue a tradução feita pela Bíblia Hebraica em Português:
“Contudo, aprouve ao Eterno oprimi-lo para testar se sua alma se oferecia como restituição, para que pudesse ver prolongados os dias de sua semente, e sentir prosperar, por seu intermédio, os desígnios do Eterno”.
Agora observe a tradução interlinear-literal:
VeYHVH (e Adonai) chafêtz (agradou) dakô (quebrantá-lo) hechelí (enfermá-lo) im-tassim (quando o colocar) ashâm (como oferta pelo pecado) naf’shô (a alma dele) yreê (verá) zéra (sua semente) yarích (prolongará) yamim (os dias) vechfêts (e deleite) YHVH (ADONAI) beyadô (pela mão dele) ytslách (prosperará).
ytiylix' (chalití) verbo da raiz Chalá hlj adoecer.
O que se deve discordar é a tradução do termo “asham” (oferta pelo pecado) por “restituição”. Sabe-se o sentido literal de “asham” como significando “compensação”, porém “asham” é uma referência direta a “oferta pela culpa” oferecida no Templo, conforme se vê o uso da palavra em textos como: Levítico 7:15; 14:21 e 19:21. Ao ofuscar a função de “asham” do Messias, exclui-se qualquer possibilidade, de encontrar a cura de Israel, a resposta para um Yom Kipur verdadeiro. Pois não há “Yom Kipur sem sangue” como afirma a tradição. Sem dúvida, por isto o Eterno providenciou um “asham”, uma oferta pela culpa de todo judeu. O Eterno providenciou esta cura e os que a experimentam (judeu ou não-judeu) conhecem bem os seus efeitos.
O que se vê também, é que há uma suavização dos verbos usados. Ao invés do verbo “testar” dever-se-ia usar como no original o verbo “hechêlí” que vem da raiz “chalá” que só pode ser traduzido como: “adoecer, se tornar enfermo, etc”. O verbo “testar” é inexistente no original, não há nenhuma palavra que suporte esta tradução. Vale aqui uma crítica: Por que a versão em questão traduziu o termo que vem da raiz “chalá” como “teste” em Isaías 53:10 e traduziu como “doente” em Isaías 33:24? Este texto foi traduzido como se segue: “E não dirá um habitante (de Jerusalém): ‘Estou doente’6, pois ao povo que ali vive serão perdoados todos os pecados” (grifo meu).
TEXTO 4: ZACARIAS 9:9
“Rejubila-te com todo teu ser, ó filha de Tsión! Clama com alegria, ó filha de Jerusalém! Eis que para ti se encaminha teu justo rei, triunfante por suas vitórias, mas ao mesmo tempo comportando-se com humildade, cavalgando um filhote de jumento”.
Observe a tradução linear:
Gili (alegra-te) meôd (muito) bat (filha) tsiôn (de Sião) harii (grita) bat (filha) yrushalam (de Jerusalém) hinê (eis) malkêch (teu rei) yavô (virá) lách (a ti) tsadik (justo) venosha hu (e salvação ele é) ani (pobre) verochêv (e montado) al chamôr (sobre o jumento) veal-ayir (e sobre o filho do jumento) bem atonôt.
O texto procura obscurecer a “pobreza” e o “sofrimento” do Messias em sua primeira vinda Yeshua era pobre, as narrativas dos evangelhos deixam isto claro, e sofreu em sua trajetória messiânica. Porém, neste caso há um obscurecimento deste detalhe. Pois se insere a seguinte frase: “... triunfante por suas vitórias, mas ao mesmo tempo comportando-se com humildade...” Não há no original esta estrutura, ele não se “comporta” com humildade, ele é “pobre e sofredor” yn[ (ani).
Veja o uso da mesma palavra em alguns textos da Torá:
Êxodo 3:7 Falando do sofrimento e da aflição do povo de Israel no Egito
Deuteronômio 16:3 Falando do pão da aflição
Deuteronômio 24:12 Falando do homem pobre. O que a profecia de Zacarias procura demonstrar é a dupla função do Messias: “sofredor” e “vitorioso”. Interessante observar novamente o que está preservado na tradição judaica, sobre esta relação do Messias “sofredor x vitorioso”, como está escrito:
“Rabino Alexandre disse: Rabi Josué Bem Levi levantou uma contradição. Está escrito, neste tempo [virá o Messias], como também está escrito, Eu [ADONAI] apressarei isto! Se eles forem dignos, eu apressarei isto, se não, [ele virá] no tempo oportuno. Rab. Alexandre disse: Rab. Josué opôs-se com dois versos: Está escrito, que um como o Filho do Homem virá com as nuvens dos céus, mas também está escrito que o [Rei virá a ti] humilhado e cavalgando sobre um jumento! Se eles merecerem, ele virá com as nuvens dos céus, mas se não, humilhado e sobre um jumento” (San’hedrim 98a).7
Como descrito, os rabinos debatiam o duplo caráter do Messias: pobre, humilhado e afligido e ao mesmo tempo um Messias vitorioso. Este conflito messianológico era muito presente no I século em vários debates rabínicos. Pois de fato havia textos que sustentavam o aspecto “sofredor” do Messias. Por isto há a tradição de um “Messias Ben Yosef” que antecederia o Messias vitorioso. A diferença que existe na abordagem dos judeus messiânicos, é que simplesmente vemos Yeshua como este Messias sofredor e que ele mesmo (como prometera) voltará para um povo que merecidamente o verá sobre as nuvens dos céus, em sua segunda vinda.
TEXTO 5: ZACARIAS 12:10
“E derramarei sobre a Casa de Davi e sobre os moradores de Jerusalém o espírito de graça e das súplicas, e olharão para Mim por causa daqueles que foram transpassados e gemerão como se fosse pela morte de seu filho único, e sofrerão como quem sofre por seu primogênito”.
O problema reside no trecho: “... e olharão para Mim por causa daqueles que foram transpassados...”
Mais uma vez, observe a tradução literal do trecho:
Vehibitú (e eles olharão) elay (para mim) êt (indicação de objeto direto) asher (que) dakarú (eles transpassaram) vesf’rú (e prantearão) aláiv (sobre ele) k’mispêd (lamento).
O uso de “êt” ta pelo tradutor foi totalmente ignorado. O “êt” tem a função de indicar objeto direto em uma oração, ou seja, que a estrutura após o “êt” recebe a ação do sujeito da estrutura anterior. “Eles” (os que olharão) são os sujeitos da oração. “Eles olharão” para aquele (“...para mim...”) que “eles transpassaram” e chorarão. Não há como sustentar “aqueles que foram transpassados”, até porque o verbo transpassar “dakarú” (wrqd) está na voz “Qal” ou seja, voz ativa e não voz passiva. Indicado “ação sobre” e não que os sujeitos da oração estão recebendo a ação. Mas, uma vez a tentativa de ofuscar, o lamento sobre o Messias ferido pelas iniqüidades de Israel e das nações.
Conclusão:
Como pôde ser observado, existe uma intensa produção textual inerente ao judaísmo que tenta de alguma forma impedir a associação entre os textos messiânicos em sua forma original com a figura messiânica de Yeshua o Nazareno. Por uma questão óbvia, sabe-se que por séculos o judaísmo vem resistindo esta combinação, na maioria dos casos de forma intencional. A figura de Yeshua vem sendo excluída do judaísmo durante séculos. Hoje, já existe um movimento acadêmico/teológico que tenta reconstituir Yeshua como um judeu, como um grande mestre, até mesmo como um possível profeta judeu, há até os que afirmam como se segue, Yeshua como um tipo de Messias Ben Yosef:
"A literatura teológica judaica clássica fala de um messias fracassado. Na maioria dos textos, ele é chamado Messias filho de José (ou Messias filho de Efraim). Trata-se de um messias preliminar, que vem em antecipação do, e para abrir o caminho ao Messias final, o Messias filho de David. É um messias que morre a fim de criar as condições e proporcionar a oportunidade, para que a redenção final ocorra. Essa idéia de um messias sofredor é originária do messianismo judaico (...) De acordo com outros historiadores judeus, a idéia do Messias filho de José foi desenvolvida para conferir a Jesus um lugar na teologia messiânica judaica. Segundo essa concepção, a idéia foi desenvolvida para tentar convencer os judeus do primeiro século que acreditavam que Jesus era o Messias de que na verdade ele era um messias judeu, mas não o Messias definitivo. Essa tentativa, esperava-se, evitaria a separação desses judeus da comunidade judaica" (Jesus segundo o Judaísmo, Ed. Paulus - Capítulo "Quem você diz que sou?" - Rabino Byron L. Shewin*)
*Currículo: Professor de filosofia e misticismo judaicos no Spertus Institute of Jewish Studies in Chicago. Ordenado no Jewish Theological Seminary.
O que se propõe com este artigo é que irmãos judeus tenham suas mentes abertas e seu espírito livre pela verdade. Que questionem, que investigam com mente e coração dispostos pela verdade. A verdade é cara, custa vínculos, revisão de dogmas, mas a recompensa é incomensuravelmente valiosa, ela liberta.
O judaísmo possui em sua religiosidade indícios de uma revelação que está nas entrelinhas dos textos sagrados, na liturgia, nos cantos sinagogais e na sabedoria dos rabinos. Yeshua foi o único judeu que dividiu a história, sua simplicidade enigmática deixou uma marca no tempo. As impressões que ele legou, nunca serão feitas por outro judeu na história.
Uma crítica como esta, não tem outro fim, a não ser permitir que as pessoas pensem, pensem de forma autônoma e livre, para compreenderem finalmente a verdade além dos dogmas.
Nota: Não foi possivél mostrar os caracteris em hebraicos usados no texto.
AMES – Ministério Ensinando de Sião – Brasil
www.ensinandodesiao.org.br
Por Igor Miguel
Existem excelentes versões da Bíblia produzidas no mundo judaico, em específico, versões da Torá. Pela primeira vez foi publicada em português, uma versão de todo o Tanách (o chamado Antigo Testamento para os cristãos) que se afirma traduzida diretamente do hebraico.
Sabe-se que toda tradução é naturalmente interpretativa e hermenêutica. Ou seja, está sempre submetida aos conceitos e ponto de vista do tradutor. Há os que sustentam uma “imparcialidade” ou “neutralidade” em traduções. Porém, cientificamente, sabe-se que a “neutralidade” é um mito. O tradutor pode tender à “imparcialidade”, porém sempre há algo de sua individualidade e subjetividade que estarão presentes em sua produção textual.
Nesta mesma linha, há o mito da “tradução fiel”, que é tratar a tradução como uma reprodução literal e precisa da fonte primária. Em outras palavras, uma tradução da Bíblia em português (ou qualquer outra língua) que se diga 100% fiel às fontes originais. O ideal de uma “tradução fiel” é uma impossibilidade técnica, não há como fazer uma tradução que reproduza fielmente, em todos os aspectos, o que o autor quis dizer. Pois é óbvio, que o sentido de um texto só pode ser entendido em todas suas dimensões de significado, quando inserido em sua língua e contexto originais. Ao passar este significado ou sentido para uma outra língua, há perdas, limitações naturais que ocorrem pelo simples fato de ser uma tradução.
Existem subjetividades de ordem cultural que precisam ser levadas em conta, há estruturas que são peculiares de uma língua específica. A exemplo de hebraísmos, rimas, jogos de palavras, expressões e até mesmo codificações que só fazem sentido na língua original, por isto, simplesmente é impossível reproduzi-las em sua totalidade em uma tradução.
Como já fora introduzido, a tradução também corre o risco de ser ideológica, ou seja, de carregar consigo a tendência ou pressupostos teológicos ou filosóficos, do tradutor. Por isto, o leitor deve ter clareza – ao ler uma Bíblia traduzida – que ele não está lendo a Palavra de D’us de uma forma direta, mas transmitida por uma tradução suscetível à interferências do tradutor. A Palavra de D’us, nos foi transmitida em língua oriental, no caso das Escrituras Judaicas, a língua hebraica (com alguns trechos em aramaico). O leitor deve ter extremo cuidado para não cair em uma excessiva sacramentalização da tradução, ou seja, uma supervalorização canônica da tradução, pois ela é uma “reprodução” sujeita à ruídos e interferências. Sendo assim, a Bíblia traduzida seja por quem for, sempre será uma versão vulnerável a pontos de vistas e imperfeições. Somente os originais podem ser tratados como textos realmente canônicos e realmente inspirados. Estes sim são a “fonte primária”.
Por isto, não existem traduções perfeitas, ou uma que possa ser considerada a melhor. Existem boas traduções da Bíblia publicadas por editoras protestantes, católicas e judaicas (no caso por exemplo do Tanach), porém, estão todas suscetíveis às críticas e às mesmas vulnerabilidades textuais que já foram mencionadas.
Deve-se deixar claro por outro lado, que nenhuma tradução é desprezível, a maioria das produções sérias, como as versões clássicas (ARA, ARC, KJV, etc), são trabalhos de profunda importância intelectual e espiritual. As traduções introduziram as pessoas aos originais, lhes permitiu terem seus primeiros contatos com as Escrituras Sagradas em vernáculo conhecido. Isto é de grande valor! As limitações de uma tradução da Bíblia, não a colocam em categoria desprezível. Toda tradução tem seu valor, o que não anula obviamente, suas limitações.
Já vem sendo demonstrado através de vários artigos e palestras, os diversos problemas de tradução em versões cristãs da Bíblia, principalmente em textos que possuem vínculos teológicos à respeito da Lei, dos judeus, de Israel, etc. Há trechos em específico do chamado Novo Testamento, que foram distorcidos em uma tentativa de ofuscar a teologia do relacionamento de D’us para com Israel, a Torá e seu povo. Há hoje um esforço teológico, para desmascarar esta tendência histórica de versões cristãs da Bíblia em “desjudaizar” as Escrituras.
Porém, nunca foi apresentada uma crítica (no sentido técnico) às tendências das versões judaicas das Escrituras, levando em conta em específico a recente e única edição judaica do Tanach em Português.
Não há intenção aqui, obviamente, de hostilizar a versão, seus editores ou tradutores. O que se propõe é apenas uma crítica de ordem teológica e técnica a textos que sofreram algum tipo de distorção, em favor de posicionamentos dogmáticos impostos por uma tradição histórico-religiosa milenar. Tradição respeitável, mas que não é hermética ou fechada, antes aberta ao diálogo e à reflexão livre. Mesmo que isto coloque em jogo alguns paradigmas. Se o que se deseja é o bem da verdade, que assim seja!
WHAT HAPPENED WITH JESUS’ HAFTARAH?
(O QUE ACONTECEU COM A HAFATARÁ DE JESUS?)
Foi recentemente publicado um artigo pelo Jornal israelense Haaretz, que trata de um assunto polêmico, mas que precisa ser debatido. Muitos estudiosos e pesquisadores das Escrituras, em específico aqueles que se especializaram sobre o Novo Testamento, vinham questionando algo interessante.
Alguns sabem que há uma tradição milenar no judaísmo, que é a leitura de porções dos profetas após a leitura pública da Torá (Pentateuco). Estes textos previamente selecionados dos escritos proféticos são chamados de Haftará. Uma das fontes mais antigas, que descreve ocasionalmente esta tradição judaica, está maravilhosamente preservada em um texto do chamado Novo Testamento, em específico em Lucas 4:16-20 que diz:
“Indo [Yeshua/Jesus] para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado [Shabat], na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Então lhe deram o rolo do profeta Isaías, e abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres [...] tendo fechado o rolo, devolveu-o ao assistente [chazan] e sentou-se ...” .
Este texto fascinante, demonstra com clareza que Yeshua (Jesus) fez a leitura pública do rolo do profeta Isaías na sinagoga em um Shabat. O que fazia Ele na ocasião? Nada mais, nada menos, que a antiga e boa tradição judaica da leitura da Haftará, já mencionada.
Porém, o problema que alguns estudiosos observaram ao ler esta narrativa, foi: Que trecho é este que Yeshua leu? Ora o texto lido por Ele advém em específico do capítulo 61:1 e 2 do livro do profeta Isaías. Daí surgiu outra questão: Se a leitura das porções dos profetas (a Haftará) é selecionada antecipadamente, em uma tabela oficial. Quando esta leitura é ou era feita na sinagoga? Esta dúvida permaneceu durante muito tempo sem uma resposta satisfatória.
Sabe-se que a leitura oficial dos profetas é determinada por uma escala elaborada pela tradição dos rabinos. Assim vem sendo orientada por centenas de anos. Mas, o que se percebe no caso de Yeshua, é que o texto lido por ele, não se encontra na escala de leituras do judaísmo atual. Por quê? Há algum erro no Novo Testamento? Há os que sustentam este argumento, porém, esta não é a resposta adequada. Teria então, a lista de leitura das Haftarôt (plural de Hafatará) sofrido alguma alteração, por parte de alguns rabinos ou decretos rabínicos?
Foi publicado pelo jornal israelense já mencionado, um artigo intitulado em inglês como: “What happened to Jesus’ Haftarah?” de autoria de Hananel Mack1, cuja informação é no mínimo intrigante. Produto sem dúvida de uma mente crítica e atenta a possíveis falhas na bela estrutura do judaísmo, imprecisões que precisam ser criticadas e discutidas, ao invés de serem friamente aceitas.
O que o autor do artigo propõe, é que existem raras referências na tradição judaica, que podem dar alguma pista de quando exatamente surgiu a prática da leitura dos profetas nas sinagogas. Há obviamente os que argumentam que esta nasceu no período dos Macabeus (166-63 A.E.C.), porém o autor deixará claro que estas evidências históricas ainda são questionáveis. O curioso é que ele recorrerá a fontes, inusitadas para o judaísmo, que provam a existência desta prática já na época do II Templo. Incrivelmente um dos documentos, demonstrado pelo autor, que descreve a leitura da Haftará no I século E.C., está no chamado Novo Testamento. Um trecho é o que narra a leitura pública do profeta Isaías por Yeshua (Jesus) na sinagoga de Nazaré e outro é o que está preservado no livro de Atos dos Apóstolos capítulo 13. Estas são claras evidências de que tal prática era comum na época do II Templo, tanto em Israel como na Galút (diáspora).
O quê autor questiona é que, como já fora introduzido, não há menção deste trecho do profeta Isaías (lido por Yeshua) na lista oficial de leituras da Haftará do judaísmo recente. Logo, vem a pergunta: O que aconteceu então, com a Haftará que Jesus leu na sinagoga de Nazaré?
EXCLUSÃO DELIBERADA DE TEXTOS MESSIÂNICOS
Para o autor israelense houve uma exclusão deliberada por parte de líderes religiosos judeus da diáspora, principalmente em redutos judeus onde havia uma cultura predominantemente cristã. Para ele houve uma iniciativa da elite religiosa judaica em REMOVER os textos em que YESHUA poderia ser identificado ou associado ao Messias. A curiosidade é que os capítulos 60, o final do 61, o capítulo 62 e 63 do profeta Isaías, estão na lista de leitura da Haftará. Mas, estranhamente, o início do capítulo 61, que fora lido por Yeshua em Nazaré, não está na lista. Segundo o autor, na verdade o texto lido por Yeshua fora excluído arbitrariamente.
Esta inferência apresentada por Mack não foi produzida sem fundamentos. Baseia-se na antiga lista de leitura de Haftarôt encontrada na Guenizá2 da sinagoga do Cairo. De fato, o referido texto (Isaías 61:1 e seg.) era lido na Haftará desta antiga comunidade do Norte da África. Por quê? Porque as comunidades judaicas desta região, não tinham contato com os debates sobre Yeshua (Jesus) e o judaísmo, afinal eram locais onde havia predominância religiosa islâmica. Não havia conflito entre a cultura local e a estrutura litúrgico-teológica do judaísmo nestes locais. Não havia nada, a priori, no Islã que poderia por em risco a fé judaica.
Em suma, o que o autor tenta demonstrar é que houve um esforço no judaísmo ocidental (que logo se espalhou para o restante do mundo judaico) de excluir textos que eram tradicionalmente usados por cristãos como textos prova a respeito de uma possível “messianidade” de Yeshua. Estes eram os chamados textos messiânicos.
Todos os textos abaixo foram excluídos deliberadamente da tradição judaica, por motivos óbvios. O interessante é que a leitura atual da Haftará engloba ou versos ou capítulos, antes ou depois destes trechos, mostrando claramente a resistência do judaísmo em inserir em sua liturgia textos messiânicos.
ALGUNS TEXTOS EXCLUÍDOS PELA TRADIÇÃO JUDAICA DA LEITURA DAS HAFTARÔT:
ISAÍAS 7:14 - “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel”.
ISAÍAS 52:13 e 14 - “Eis que o meu Servo procederá com prudência; será exaltado e elevado e será mui sublime. Como pasmaram muitos à vista dele (pois o seu aspecto estava mui desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua aparência, mais do que a dos outros filhos dos homens)”.
ISAÍAS 53:1-6 - “Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos”.
ISAÍAS 42:1-7: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios. Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça. Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega; em verdade, promulgará o direito. Não desanimará, nem se quebrará até que ponha na terra o direito; e as terras do mar aguardarão a sua doutrina. Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela. Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas”.
JEREMIAS 31:31-33: “Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. OSÉIAS 11:1 - “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho”. MIQUÉIAS 5:2 – “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”.
ZACARIAS 9:9 – “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta”.
Parece meio óbvio, que estes textos tenham sido excluídos da leitura pública da tradição judaica, fica evidenciado que estas profecias têm profundas implicações de ordem messianológica, em favor de Yeshua como única pessoa histórica que se tem relato textual que cumpriu, ou pelo menos teve algum vínculo com estas profecias. O que se vê é um esforço deliberado contra a figura de Yeshua (Jesus) como Messias.
ADULTERAÇÃO DE TEXTOS MESSIÂNICOS
O esforço do judaísmo tardio em descaracterizar, ou pelo menos, em prevenir a comunidade de uma “livre associação” entre textos messiânicos com a figura de Yeshua continua ainda de forma mais intensa, quando se trata de uma tradução recente, do Tanách3 (da Bíblia Hebraica – também conhecido como Antigo Testamento pelos cristãos). Infelizmente, muitos cristãos ávidos e leigos, ainda inexperientes na relação cristianismo x judaísmo, se envolvem em elogios até públicos, sem ao mesmo refletirem criticamente sobre estes textos.
Como de praxe nesta versão, em nada diferente de outras traduções da “Bíblia Hebraica” existentes no mundo, há inferências entre parênteses que são usadas, segundo os editores, para a “... inserção criteriosa de certas palavras (normalmente entre parênteses) quando extremamente necessárias à compreensão do texto, ou adotou-se determinada tradução não literal a fim de possibilitar sua leitura à dos ensinamentos e orientações técnicas dos Sábios do Talmud e dos consagrados exegetas bíblicos judeus dos últimos 2 mil anos”4. Neste ponto reside a principal crítica deste artigo. Ao submeterem uma tradução das Escrituras Hebraicas para o português, levaram em conta uma tradição paralela de tradução das Escrituras, neste caso as orientações de rabinos da antiguidade bem como outros intérpretes judeus. Ou seja, o que se tem não é apenas uma tradução, é uma “interpretação”. Felizmente, este ponto foi deixado claro.
O problema reside no fato de que, como foi visto na questão das Haftarôt, há na estrutura do judaísmo posterior ao Segundo Templo, uma tendência a “ajustes” de ordem teológica na própria religião, de forma não haver lacunas para uma possível compreensão ou associação de Yeshua (Jesus) como uma figura messiânica. Para prevenir possíveis “distorções”, apela-se para todo tipo de “adaptação” textual, para que se alcance este objetivo.
Pensar-se-á em algumas passagens bíblicas cuja tradução é conduzida de tal forma que levam o leitor à conclusões previamente elaboradas, obviamente com fins profiláticos, como uma forma de prevenir outros judeus de perceberem a figura messiânica de Yeshua nestes possíveis textos.
Citar-se-ão alguns textos na versão portuguesa da Bíblia Hebraica e será feita em seguida uma análise exegética destes textos, percebendo possíveis distorções ou interpolações.
TEXTO 1: ISAÍAS 9:6-7 (v.5-6 no texto hebraico):
“Pois nasceu entre nós uma criança, um filho (de Achaz, da dinastia de David) nos foi dado. E sobre seus ombros estará a autoridade; por isso o Maravilhoso Conselheiro, o D’us Todo-Poderoso e Pai eterno, alcunhou-o (a Hizikiáhu [Ezequias], o filho de Ahaz) de Sar-Shalom (‘Príncipe da Paz’)...”
Como já foi dito, as inferências entre parênteses são em alguns casos elucidativas, mas em outros, são ampliações do texto vinculando-os a uma tradição interpretativa.
Neste texto a “criança”, a priori não identificada diretamente no texto, é associada ao filho do rei Acaz, neste caso o Rei Ezequias. Observe, que as observações entre parênteses não constam no texto hebraico original, são interpretações de ordem especulativa, não havendo clareza no texto sobre tal possibilidade. Repentinamente, a “criança” ou o “menino”, ‘cujo poder está sobre seus ombros’, é nomeado de “Príncipe da Paz” por um terceiro sujeito: “O D’us Todo Poderoso e Pai Eterno”. Estranho pois no texto hebraico esta estrutura final está da seguinte forma:
Vaikrá [e chamar-se-á] sh’mô [seu nome] pélê [maravilhoso] yoêts [conselheiro] Êl-Gibor [D’us Forte] Aviád [Pai Eterno] Sar-Shalom [Príncipe da Paz].
Como pôde ser observado, na tradução interlinear (transliterado) não há possibilidade para outra tradução, não há a expressão “por isso” usada pela Bíblia Hebraica em Português. Nem o artigo definido “o conselheiro”, como se houvesse uma outra pessoa no texto. Fica claro que todo os adjetivos usados no texto se aplicam à “criança” (O Messias) que nasceria e teria o poder sobre seus ombros. Há nitidamente inferências artificiais no texto tendo em vista conduzir o leitor a uma interpretação intencionada.
Veja ainda que o tradutor deslocou os adjetivos messiânicos para o Eterno, obviamente para ofuscar a argumentação de séculos, de que este texto refere-se a Yeshua.
Enfim, o que o texto do profeta deseja, é demonstrar o caráter representativo do Messias, cuja função é revelar: o “D-us Forte”, “O Pai da Eternidade”, etc.
Óbvio, que a abordagem tradicional cristã sobre a divindade do Messias, tem pontos de debate e em alguns casos até mesmo conflitantes com um modelo de fé legitimamente monoteísta. Por isto, está disponível no site do Ministério Ensinando de Sião (www.ensinandodesiao.org.br) um artigo que demonstra uma forma alternativa de abordar o caráter “divino” do Messias. Desprovido de um deslocamento da pessoa do Eterno para Yeshua, como vem fazendo tradicionalmente a abordagem cristã a respeito da relação Pai X Filho. Porém, este é outro debate.
TEXTO 2: ISAÍAS 7:14:
“Eis pois que o Eterno, Ele mesmo, vos dará um sinal: eis que a moça grávida dará à luz um filho e o chamará Imanuel (‘Deus está conosco’)”.
Hú [ele] lachêm [para vós] ôt [um sinal] hinê [eis] haalmá [a moça] hará [grávida] veylédét [dará à luz] bên [um filho] v’karát [e chamará] sh’mô [seu nome] imanu-êl [D’us conosco].
Quando um cristão lê este texto, percebe logo a diferença em relação as versões cristãs, que traduzem geralmente o verso como: “... eis que a virgem dará à luz um filho...”, ao invés de “... eis que a moça...”. O problema reside na polêmica sobre a palavra hebraica “almá” hml[ (traduzida pelas versões não-judaicas como: virgem). O argumento judaico é que esta expressão não significa “virgem”, mas “mulher jovem” ou “moça”. De fato, as Escrituras Hebraicas possui uma palavra específica para fazer referência a virgem, o termo “betulá" hlwtb. Porém, é óbvio que o termo “almá”, que apesar de significar “moça” ou “menina jovem”, não descarta a hipótese de virgindade. No livro de Mateus quando da narrativa do nascimento de Yeshua, vê-se claramente o uso do termo grego “partenós” παρθενος (virgem) para se referir a “Miriam” (Maria). Isto não foi acidental, pois a versão grega das Escrituras Hebraicas (que era muito popular entre os judeus de Israel no I século) chamada de Septuaginta (ou LXX), adota a mesma expressão “partenós” παρθενος (virgem) para traduzir “almá” do hebraico de Isaías 7:14. Provando assim, que os judeus responsáveis por traduzirem as Escrituras do hebraico para o grego viam claramente o vínculo natural entre almá e “virgindade”, apesar de haver uma palavra hebraica específica para “virgem”.
Óbvio, que já houve uma tentativa do movimento chamado “Jews for Judaism” (judeus pelo judaísmo) de contra-argumentar este posicionamento. No manual antimissionário de autoria do sr. Bentzion Kravitz, encontra-se a seguinte afirmação em relação a Septuaginta: “... Os 70 rabinos não traduziram o livro de Isaías, mas apenas o “Pentateuco”, os cinco livros de Moisés...” (A Resposta Judaica aos Missionários – Manual Antimissionário – Rabino Bentzion Kravitz – Judeus pelo Judaísmo – em nota pg.22). Bem, discorda-se deste posicionamento usando-se a famosa Encyclopaedia Judaica que traz a seguinte informação:
“É amplamente aceito que a Carta de Arestéias faz menção sobre uma tradução oficial do Pentateuco, feita em Alexandria no começo do III século A.E.C. -- [antes da era comum ou antes de Cristo] -- seja válida. Porém, sabe-se que o projeto teve início pela comunidade judaica de fala grega, que precisava de uma versão do Pentateuco para serviços e instrução. Esta versão, que era indubitavelmente um trabalho coletivo, talvez baseado em escritos anteriores ou tentativas orais, foi recebida com entusiasmo pela comunidade. Ela foi seguida pela tradução dos outros livros da Bíblia Hebraica. De acordo com Thackeray, a carência litúrgia dos judeus de Alexandria os levou a uma gradual tradução dos profetas tardios, seguido pelo dos profetas posteriores, durante o segundo século, enquanto os livros hagiógrafos [chamado pelos cristãos de apócrifos] eram traduzidos separadamente no primeiro século A.E.C. ou mais tarde. Porém, é geralmente defendido que as versões dos profetas posteriores e tardios devem ser colocados antes do fim do terceiro século A.E.C., e que no mínimo alguns dos Hagiógrafos já estavam traduzidos no começo do segundo século A.E.C., até porque o prólogo para o grego Bem-Sira (132 A.E.C.) refere-se a uma versão já existente da ‘Lei, os Profetas e os outros escritos’. Por isto é aceito que uma versão completa da Bíblia Hebraica existia ao menos no começo do primeiro século E.C. [na era comum, ou depois de Cristo]”. (Traduzido pelo autor da Encyclopaedia Judaica – em CD-Rom V.1.0 – Keter Publishing House, verbete: “Bible: Translations”).
Como se observa, já havia uma versão completa das Escrituras hebraicas em língua grega no I século, contendo “A Torá, os profetas e os Ketuvim”. Sendo assim, o argumento do Manual Antimissionário de que a versão dos 70 (Septuaginta) só traduzira o Pentateuco é insustentável.
Sintetizando: para os tradutores judeus que elaboraram a versão grega das Escrituras hebraicas, era natural o uso do termo grego partenós (virgem) para se referir a almá no hebraico (moça). Obviamente porque não havia dissociação entre “moça” e “virgem”.
A tradução em debate, quando adota esta tradução visa ofuscar a promessa do nascimento virginal do Messias. Deve-se ter em mente que o texto de Isaías se refere a um sinal, no hebraico “ôt” twa, expressão sempre usada nas Escrituras associada à “sinal sobrenatural” [salvo raras exceções] (Ex 7:13 – sinais e maravilhas), não há nada “sobrenatural” em uma pessoa normal dar à luz, porém uma virgem dar a luz em estado de virgindade, é um “sinal sobrenatural”.
Israel teve em sua trajetória vários casos em que mulheres que não podiam dar a luz de forma natural e conceberam por intervenção divina, obviamente não eram virgens, mas eram estéreis, e D’us por sua intervenção as fez conceber (como Sara em idade avançada). Há algum limite para o poder do Eterno? Não seriam estes casos que vão desde Sara, passando por Ana até Isabel (parente de Maria), sinais de uma concepção ainda mais milagrosa que ocorreria quando o Messias viesse ao mundo?
Targumim, plural de “targum” (tradução). Traduções interpretativas judaicas do hebraico para o aramaico.
TEXTO 3: ISAÍAS 52:13—53:12.
Este é o texto mais adulterado da versão portuguesa da Bíblia Hebraica. Far-se-á uma análise de alguns trechos considerados de maior gravidade.
Este trecho é comumente conhecido, como se referindo ao “servo sofredor”, associado durante muitos anos no judaísmo a figura do Messias, como bem demonstra alguns targumim5 e trechos do Talmud. Houve uma mudança de ponto de vista hermenêutico (interpretativo), na estrutura do judaísmo da idade média, tendo em vista prevenir a associação da figura de Yeshua (Jesus) com este texto. Houve um consenso rabínico de se procurar uma interpretação alternativa a Isaías 53, ao invés de associá-lo ao Messias.
Isaías 52:13 que começa na Bíblia Hebraica em português como: “Eis que há de prosperar Meu servo (o povo de Israel)...” Deixa óbvia a interpolação entre parênteses e proposta de associação entre o “servo” com o “povo de Israel”, descaracterizando o caráter messiânico da profecia. Estranho, para uma versão que se propõe manter seus vínculos com a tradição, ignorar como o Targum Jonatas (Yonatân) traduz o começo do texto: “Eis que o meu servo o Messias (o Ungido), há de prosperar...” .
Em Isaías 53:4 a Bíblia Hebraica em português propõe a seguinte tradução: “Na verdade, eram os nossos sofrimentos (das nações) que (Israel) suportava, e as dores que o oprimiam, mas nós o considerávamos um ser aflito, golpeado e ferido por D’us”.
Veja a diferença, na tradução interlinear (literal) no quadro abaixo:
Achên [certamente] chalayênu [nossas enfermidades] hú [ele] nassá [levou] umachovêinu [e nossas dores] sevelêm [carregou] vaanáchnu [e nós] chasháv’nehú [o julgamos] nagúa [golpeado] muké [ferido] elohim [de D’us] umuné [e oprimido].
Não há, obviamente nem “Israel” e nem as “nações” no texto original. Mas, observe, que o tradutor colocou “... as dores que o oprimiam...”. Associando assim a “dor” à 3ª pessoa (ele), como se o texto estivesse associando “as dores” ao sujeito descrito no texto, que para a versão é “Israel”. Mas, no original não é bem assim. O que se vê é o uso da expressão “umachôvêinu” wnybakmw que está na 1ª pessoa do plural (nós) como indica o sufixo ”einu”. O texto está dizendo que “ele” (o servo sofredor – o Messias) levará as “nossas dores”, ou seja as dores do povo de Israel e não o contrário, como se Israel carregasse em si suas próprias dores.
Uma curiosidade sobre este trecho é que na tradição judaica, anterior à idade-média, este era interpretado como se referindo ao Messias, como descreve o Talmud:
"Disse Rav: O mundo foi criado só para David. Disse Shemuel: Para Moisés. Disse o Rabi Yochana: Para o Messias. Como se chama o Messsias? (...) Se chama "o leproso da casa dos estudos"- disseram os rabinos - porque disse o escrito: CERTAMENTE ELE LEVOU AS NOSSAS ENFERMIDADES, E SOFREU NOSSAS DORES; E NÓS O REPUTAMOS POR FERIDO DE D'US E OPRIMIDO" (ISAÍAS 53)" (Talmud Babilônico, Tratado San'hedrim 98a).
Outro trecho sujeito a críticas é o que se encontra no verso 8: “Com opressão e juízo iníquo foi aprisionado; acaso alguém (das nações) argumentou para com sua geração: ‘Ele (Israel) foi exilado da terra dos vivos pela transgressão do meu povo, e por isso recebeu esse duro golpe?’” (grifo meu). Ao analisar o trecho destacado em negrito, o que se vê é uma frase contraditória. Afinal, todo o tempo o autor impõe um diálogo entre “Israel” e as “nações”, excluindo uma terceira pessoa, a figura do Messias.
Observe a tradução interlinear-literal:
Ki (porque) nigzár (ele foi cortado) meérets (da terra) chaim (dos vivos) mipêsha (da rebelião) ami (do meu povo) nega (um golpe) lamô (recebeu)”
O que se vê é que a expressão “ami” (meu povo) se refere a ISRAEL, a única nação no mundo que é chamada nas Escrituras Hebraicas de “meu povo”. Então como pode o mesmo Israel levar um golpe pelo “meu povo” (Israel). Há um outro sujeito que recebeu um golpe pela rebelião ou transgressão do povo de Israel. Isto é demonstrado pelo verbo “nigzár” (que está na 3ª pessoa do singular masculino – “cortado”) e o verbo “lamô” (que também está na 3ª pessoa do singular masculino – “recebeu”). Lembrando, que não há a expressão “exílio” (galút) no texto original. Fica claro que neste caso há referência ao Messias (a 3ª pessoa do singular) como redentor das culpas de Israel.
Isaías 53:10 Este é outro trecho profundamente alterado, veja como se segue a tradução feita pela Bíblia Hebraica em Português:
“Contudo, aprouve ao Eterno oprimi-lo para testar se sua alma se oferecia como restituição, para que pudesse ver prolongados os dias de sua semente, e sentir prosperar, por seu intermédio, os desígnios do Eterno”.
Agora observe a tradução interlinear-literal:
VeYHVH (e Adonai) chafêtz (agradou) dakô (quebrantá-lo) hechelí (enfermá-lo) im-tassim (quando o colocar) ashâm (como oferta pelo pecado) naf’shô (a alma dele) yreê (verá) zéra (sua semente) yarích (prolongará) yamim (os dias) vechfêts (e deleite) YHVH (ADONAI) beyadô (pela mão dele) ytslách (prosperará).
ytiylix' (chalití) verbo da raiz Chalá hlj adoecer.
O que se deve discordar é a tradução do termo “asham” (oferta pelo pecado) por “restituição”. Sabe-se o sentido literal de “asham” como significando “compensação”, porém “asham” é uma referência direta a “oferta pela culpa” oferecida no Templo, conforme se vê o uso da palavra em textos como: Levítico 7:15; 14:21 e 19:21. Ao ofuscar a função de “asham” do Messias, exclui-se qualquer possibilidade, de encontrar a cura de Israel, a resposta para um Yom Kipur verdadeiro. Pois não há “Yom Kipur sem sangue” como afirma a tradição. Sem dúvida, por isto o Eterno providenciou um “asham”, uma oferta pela culpa de todo judeu. O Eterno providenciou esta cura e os que a experimentam (judeu ou não-judeu) conhecem bem os seus efeitos.
O que se vê também, é que há uma suavização dos verbos usados. Ao invés do verbo “testar” dever-se-ia usar como no original o verbo “hechêlí” que vem da raiz “chalá” que só pode ser traduzido como: “adoecer, se tornar enfermo, etc”. O verbo “testar” é inexistente no original, não há nenhuma palavra que suporte esta tradução. Vale aqui uma crítica: Por que a versão em questão traduziu o termo que vem da raiz “chalá” como “teste” em Isaías 53:10 e traduziu como “doente” em Isaías 33:24? Este texto foi traduzido como se segue: “E não dirá um habitante (de Jerusalém): ‘Estou doente’6, pois ao povo que ali vive serão perdoados todos os pecados” (grifo meu).
TEXTO 4: ZACARIAS 9:9
“Rejubila-te com todo teu ser, ó filha de Tsión! Clama com alegria, ó filha de Jerusalém! Eis que para ti se encaminha teu justo rei, triunfante por suas vitórias, mas ao mesmo tempo comportando-se com humildade, cavalgando um filhote de jumento”.
Observe a tradução linear:
Gili (alegra-te) meôd (muito) bat (filha) tsiôn (de Sião) harii (grita) bat (filha) yrushalam (de Jerusalém) hinê (eis) malkêch (teu rei) yavô (virá) lách (a ti) tsadik (justo) venosha hu (e salvação ele é) ani (pobre) verochêv (e montado) al chamôr (sobre o jumento) veal-ayir (e sobre o filho do jumento) bem atonôt.
O texto procura obscurecer a “pobreza” e o “sofrimento” do Messias em sua primeira vinda Yeshua era pobre, as narrativas dos evangelhos deixam isto claro, e sofreu em sua trajetória messiânica. Porém, neste caso há um obscurecimento deste detalhe. Pois se insere a seguinte frase: “... triunfante por suas vitórias, mas ao mesmo tempo comportando-se com humildade...” Não há no original esta estrutura, ele não se “comporta” com humildade, ele é “pobre e sofredor” yn[ (ani).
Veja o uso da mesma palavra em alguns textos da Torá:
Êxodo 3:7 Falando do sofrimento e da aflição do povo de Israel no Egito
Deuteronômio 16:3 Falando do pão da aflição
Deuteronômio 24:12 Falando do homem pobre. O que a profecia de Zacarias procura demonstrar é a dupla função do Messias: “sofredor” e “vitorioso”. Interessante observar novamente o que está preservado na tradição judaica, sobre esta relação do Messias “sofredor x vitorioso”, como está escrito:
“Rabino Alexandre disse: Rabi Josué Bem Levi levantou uma contradição. Está escrito, neste tempo [virá o Messias], como também está escrito, Eu [ADONAI] apressarei isto! Se eles forem dignos, eu apressarei isto, se não, [ele virá] no tempo oportuno. Rab. Alexandre disse: Rab. Josué opôs-se com dois versos: Está escrito, que um como o Filho do Homem virá com as nuvens dos céus, mas também está escrito que o [Rei virá a ti] humilhado e cavalgando sobre um jumento! Se eles merecerem, ele virá com as nuvens dos céus, mas se não, humilhado e sobre um jumento” (San’hedrim 98a).7
Como descrito, os rabinos debatiam o duplo caráter do Messias: pobre, humilhado e afligido e ao mesmo tempo um Messias vitorioso. Este conflito messianológico era muito presente no I século em vários debates rabínicos. Pois de fato havia textos que sustentavam o aspecto “sofredor” do Messias. Por isto há a tradição de um “Messias Ben Yosef” que antecederia o Messias vitorioso. A diferença que existe na abordagem dos judeus messiânicos, é que simplesmente vemos Yeshua como este Messias sofredor e que ele mesmo (como prometera) voltará para um povo que merecidamente o verá sobre as nuvens dos céus, em sua segunda vinda.
TEXTO 5: ZACARIAS 12:10
“E derramarei sobre a Casa de Davi e sobre os moradores de Jerusalém o espírito de graça e das súplicas, e olharão para Mim por causa daqueles que foram transpassados e gemerão como se fosse pela morte de seu filho único, e sofrerão como quem sofre por seu primogênito”.
O problema reside no trecho: “... e olharão para Mim por causa daqueles que foram transpassados...”
Mais uma vez, observe a tradução literal do trecho:
Vehibitú (e eles olharão) elay (para mim) êt (indicação de objeto direto) asher (que) dakarú (eles transpassaram) vesf’rú (e prantearão) aláiv (sobre ele) k’mispêd (lamento).
O uso de “êt” ta pelo tradutor foi totalmente ignorado. O “êt” tem a função de indicar objeto direto em uma oração, ou seja, que a estrutura após o “êt” recebe a ação do sujeito da estrutura anterior. “Eles” (os que olharão) são os sujeitos da oração. “Eles olharão” para aquele (“...para mim...”) que “eles transpassaram” e chorarão. Não há como sustentar “aqueles que foram transpassados”, até porque o verbo transpassar “dakarú” (wrqd) está na voz “Qal” ou seja, voz ativa e não voz passiva. Indicado “ação sobre” e não que os sujeitos da oração estão recebendo a ação. Mas, uma vez a tentativa de ofuscar, o lamento sobre o Messias ferido pelas iniqüidades de Israel e das nações.
Conclusão:
Como pôde ser observado, existe uma intensa produção textual inerente ao judaísmo que tenta de alguma forma impedir a associação entre os textos messiânicos em sua forma original com a figura messiânica de Yeshua o Nazareno. Por uma questão óbvia, sabe-se que por séculos o judaísmo vem resistindo esta combinação, na maioria dos casos de forma intencional. A figura de Yeshua vem sendo excluída do judaísmo durante séculos. Hoje, já existe um movimento acadêmico/teológico que tenta reconstituir Yeshua como um judeu, como um grande mestre, até mesmo como um possível profeta judeu, há até os que afirmam como se segue, Yeshua como um tipo de Messias Ben Yosef:
"A literatura teológica judaica clássica fala de um messias fracassado. Na maioria dos textos, ele é chamado Messias filho de José (ou Messias filho de Efraim). Trata-se de um messias preliminar, que vem em antecipação do, e para abrir o caminho ao Messias final, o Messias filho de David. É um messias que morre a fim de criar as condições e proporcionar a oportunidade, para que a redenção final ocorra. Essa idéia de um messias sofredor é originária do messianismo judaico (...) De acordo com outros historiadores judeus, a idéia do Messias filho de José foi desenvolvida para conferir a Jesus um lugar na teologia messiânica judaica. Segundo essa concepção, a idéia foi desenvolvida para tentar convencer os judeus do primeiro século que acreditavam que Jesus era o Messias de que na verdade ele era um messias judeu, mas não o Messias definitivo. Essa tentativa, esperava-se, evitaria a separação desses judeus da comunidade judaica" (Jesus segundo o Judaísmo, Ed. Paulus - Capítulo "Quem você diz que sou?" - Rabino Byron L. Shewin*)
*Currículo: Professor de filosofia e misticismo judaicos no Spertus Institute of Jewish Studies in Chicago. Ordenado no Jewish Theological Seminary.
O que se propõe com este artigo é que irmãos judeus tenham suas mentes abertas e seu espírito livre pela verdade. Que questionem, que investigam com mente e coração dispostos pela verdade. A verdade é cara, custa vínculos, revisão de dogmas, mas a recompensa é incomensuravelmente valiosa, ela liberta.
O judaísmo possui em sua religiosidade indícios de uma revelação que está nas entrelinhas dos textos sagrados, na liturgia, nos cantos sinagogais e na sabedoria dos rabinos. Yeshua foi o único judeu que dividiu a história, sua simplicidade enigmática deixou uma marca no tempo. As impressões que ele legou, nunca serão feitas por outro judeu na história.
Uma crítica como esta, não tem outro fim, a não ser permitir que as pessoas pensem, pensem de forma autônoma e livre, para compreenderem finalmente a verdade além dos dogmas.
Nota: Não foi possivél mostrar os caracteris em hebraicos usados no texto.
AMES – Ministério Ensinando de Sião – Brasil
www.ensinandodesiao.org.br
sábado, 12 de junho de 2010
Dia do Pastor
Quero desejar a todos os pastores um feliz Dia do Pastor neste domingo
(14/6). Um tipo pouco compreendido ultimamente. Sua imagem é alvo de
tantos equívocos, mas sua presença se faz cada vez mais necessária no
mundo em que vivemos. Não falo de pastores em geral, falo de homens e
mulheres chamados por Deus para cuidar de pessoas que precisam de
direção.
O que levaria homens e mulheres de origem simples, normais, cheios de
necessidades, com sonhos, fraquezas e ambições, assumirem uma função
tão árdua de cuidar de um rebanho formado por iguais? Só um chamado
irresistível seria capaz de mover a mente e o coração de alguém em
direção da vontade divina.
De onde veio esse chamado? Pode ter sido do meio da sarça ardente ou
de dentro do ventre do grande peixe. Pode ter sido a voz no silêncio
da noite chamando o menino ou a brilhante luz no caminho de Damasco da
vida. Não faz diferença. Desde o dia em ouviram o chamado, suas vidas
mudaram.
Chamados para quê? Abrir mão de seus ideais para ver outros atingirem
seus alvos. Ensinar as pessoas aflitas a encontrar o caminho da
eternidade. Tirar pessoas da condição de perdidos, da opressão e da
angústia, para conduzi-las a Cristo.
Deus abençoe vocês. A recompesa por servi-lo já está garantida.
Um abraço a todos
Irenio
--
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sexta-feira, 11 de junho de 2010
A família Messiânica
Estamos trazendo este pequeno estudo resultado de pesquisa, a fim de responder os que nos questionam sobre este pontos.
Pedimos ao Senhor estas respostas sejam de proveito para aqueles que a lerem. Aumentando a fé em Cristo Jesus na Salvação e a nossa esperança.
Estas são as perguntas sobre a origem da família messiânca.
1. Jesus é filho de Davi?
2. Maria é filha de Davi?
3. José é filho de Davi?
Vamos a uma breve defesa da questão do 2º Testamento ou Novo Testamento
O Novo Testamento é um livro judeu, sim ou não? Se for um livro judeu, então para entendê-lo, nós precisamos recolocá-lo em seu lugar de origem, de volta ao seu ambiente histórico, lingüístico, cultural e religioso originais. Creio que essa é a única forma pela qual podemos entender o Novo Testamento e seu real significado para nós hoje. Mesmo se o tornarmos de volta ao contexto do primeiro século, nesse contexto, que é judaico, alguém poderia objetar que aí também encontraríamos relações e a presença de elementos do judaísmo helenístico; mas, ainda assim, não é o Helenismo propriamente dito, mas o judaísmo helenístico, que era um dos constrangimentos culturais nos quais a Terra de Israel estava mergulhada naquele momento. Ainda assim, continua sendo um livro judeu, com uma mensagem judaica.
O Evangelho de Jesus Segundo Mateus
Ele começa com as seguintes palavras: “Esse é o livro das gerações de Yeshua, o Messias, o filho de David, o filho de Abraão”. Esse versículo por si só enquadra todo o contexto do Evangelho dentro do Judaísmo. Em primeiro lugar, o escritor diz que este é o livro das gerações. Se alguém checar a terminologia, notará algo muito interessante nessa passagem. Existe somente um outro lugar na Bíblia em que essa frase é usada, em Gênesis capítulo 5, versículo 1: “Esse é o livro das gerações de Adão”. O escritor de Mateus, por inspiração, principiou o Evangelho com essas palavras a fim de relembrar ao leitor que Deus criou o homem. Ele o criou do pó da terra, soprou dentro dele o fôlego da vida, e Deus, que criou o homem, não enfrenta problema algum para fecundar uma mulher de maneira sobrenatural, fazendo vir Seu Filho para o mundo em carne; e, segundo, assevera que Ele cumpriu sua promessa de que o Messias procederia do Rei David e de Abraão.
O Rei David e Abraão, por sua vez, são as duas figuras na História Israelita que receberam uma promessa da parte de D’us, uma promessa incondicional que inclui a salvação do povo de Israel e benção para todas as nações, e são, portanto, mencionadas no primeiro versículo do Evangelho de Mateus para relembrar o leitor que aquilo que irá ler, a história do Messias, de Yeshua, de Jesus, é um capítulo dentro da História de Israel.
Não é a história de Roma, não é a história do Protestantismo, não é a história de Calvino ou Lutero, é a história de povo judeu, e Jesus é aquele mesmo Messias esperado por nossos antepassados. E essa espera, essa expectativa pela vinda do Messias, é, foi e sempre será a esperança de Israel. Essa não é a esperança do mundo, porque o mundo naquele tempo e ainda hoje, em sua maior parte, é idólatra; adoram a uma multiplicidade de deuses, não ao Uno e Único Deus, de quem nós dizemos: “Shymá Yisrael, Adonay Eloheynu, Adonay Echad” – “Ouve, Ó Israel, o Senhor seu Deus é Um”.Devarim 6:4.
A maioria do mundo persiste em não adorar a esse Deus. Contudo, Yeshua, o Messias, veio ao mundo para conduzir Israel rumo àquilo que os profetas anteviram: que Israel, a semente de Abraão, levaria luz às nações.
É importante, então – e mais importante para nós se realmente quisermos saber a verdade e entender qual é a vontade de Deus –, entendermos que aquilo com que estamos tratando aqui é um livro judaico. Estamos tratando com um livro que é judeu em sua profundidade, em sua linguagem, em sua teologia e em seu universo conceitual. Para entende-lo, temos que voltar ao primeiro século, e tentar compreender o que os ensinamentos, as parábolas, as declarações de Yeshua, o que as histórias e os conflitos com os fariseus e com os saduceus realmente significam naquele contexto.
Somente então podemos estar seguros que realmente temos uma concepção bíblica de fé, graça, esperança, vida eterna e salvação.
Vejamos, então, quais ferramentas temos que nos ajudam a compreender o universo de Yeshua HaMashiach, o mundo judaico do primeiro século. Quais ferramentas temos à nossa disposição e que nos possibilitam fazer tal coisa? Primeiro e antes de tudo, temos o Antigo Testamento, o livro santo que Yeshua usou, que leu na sinagoga em Nazaré, o mesmo livro que citou várias vezes diante de seus oponentes, o livro sobre o qual o apóstolo Paulo disse: “Toda escritura é inspirada por D’us, e é proveitosa para exortar e corrigir, ensinar e instruir”4. É esse livro que Paulo usava para provar, nas sinagogas em Tessalônica, Beréia e Corinto, que o Messias havia vindo. Quando Paulo ensinava, fazia citações do Antigo Testamento, da Torá, que diziam que ele (o Messias) devia sofrer, ser enterrado, devia ressuscitar dos mortos e assentar-se à direta de Deus. Ele não tinha Mateus, Marcos, Lucas e João à sua disposição, não tinha nem mesmo a epístola aos Gálatas, uma vez que ele não a havia escrito ainda. Tampouco possuía o livro de Romanos quando estava andando por Listra e Pérgamo, Icônio, Éfeso e Colossos, ensinando a judeus e gentios que Yeshua é o Messias. O que possuía eram os livros de Moisés, e, talvez, alguns dos livros dos profetas à sua disposição – isso era tudo o que tinha.
Então, a primeira fonte para compreender o Novo Testamento, naturalmente, é o chamado Velho Testamento, mas existem outras fontes. No próprio Novo Testamento, nós temos citações de muitos (Nota: 4 1Tm 3:16) dos mais populares livros no tempo de Yeshua HaMashiach. Temos citações de Enoch, do livro de Eclesiástico, ou ben Sira em hebraico. Nós temos citações de material rabínico, e temos uma série de fontes que são citadas e claramente procedem do ambiente judaico daquele período, e foram usadas para apresentar Yeshua como Messias.
Além dessas fontes do período intertestamental, que estão parcialmente citadas no Novo Testamento pelos próprios apóstolos e evangelistas, temos Josefo – Josephus Flávios, Yosef bem Mattityahu, em hebraico. Ele era um general das forças de resistência contra os Romanos, mas foi capturado, levado cativo e adotado pela Casa dos Flávius, a família dos Imperadores. Tito e Vespasiano adotaram Josefo e o transformaram numa espécie de historiador particular da família.
Como parte de sua reação à guerra Romana, ele escreveu as duas mais importantes obras para se entender o primeiro século, as Antiguidades Judaicas e Guerras Judaicas.
Após Josefo temos uma “pausa” no tempo até Judá HaNasy, um rabino da Terra de Israel que viveu na Galiléia e coletou, no final do segundo século, as deliberações e discussões dos rabinos entre o primeiro século aEC e o primeiro século EC, e também de parte do segundo século. Ele reuniu os relatos com o propósito de preservar o processo de discussão pelo qual os rabinos chegaram às conclusões dos aspectos práticos do cumprimento da lei na realidade pós Templo. Como é sabido, o Templo foi destruído em 70 EC, e desde então nunca mais foi reconstruído. Após sua destruição, aconteceu a revolta de Bar Kochba (c. 135 EC) e os judeus foram perversamente dispersos pelos romanos. Por essa razão (a diáspora), Rabi Judá considerando ser importante preservar essas deliberações legais, as reuniu num volume que passou a ser conhecido como Mishná.
A palavra Mishná vem do hebraico “lishnot” que significa “estudar”, ou, numa tradução mais livre, as discussões, ou os estudos dos rabinos a respeito das leis, especialmente no Judaísmo pós Templo. Muitas deliberações legais remontam ao primeiro século aEC, e são citadas por rabinos contemporâneos a Yeshua, em Israel, já no primeiro século EC. Essa é, portanto, a Mishná. No começo do 4º século havia uma compilação formada pelas discussões dos rabinos sobre a Mishná; em outras palavras, os rabinos continuaram suas discussões tentando entender e chegar ao cumprimento pleno das leis apresentadas na Mishná. Isso foi feito tanto na Babilônia, como na Terra de Israel, resultando em dois Talmudes. Talmude é, por conseguinte, a discussão rabínica sobre o material que Rabi Judá HaNasy reuniu, e formado por duas seções: a Mishná, e a discussão sobre a Mishná, chamada Guemará.
Princípios de interpretação
Para melhor compreender a genealogia de Jesus, é importante conhecer algumas das noções que os Judeus tinham em relação ao registro de seus ancestrais.
Direitos de propriedade
Os Judeus mantinham registros genealógicos com muito cuidado. Faziam isto principalmente porque os direitos de propriedade em Israel estavam ligados à herança de família.
Quando os Judeus se instalaram em Israel, as tribos receberam partes da terra como sua herança (Josué 14 a 21). As famílias dentro de cada tribo receberam partes dessa terra, que poderia ser cultivada, desenvolvida ou vendida. A cada 50 anos uma família sem posses poderia requisitar de volta a parte da terra que seus ancestrais tinham recebido na distribuição original (Lv 25:10).
Pessoas que não pudessem descrever sua linha familiar não possuíam herança na nação de Israel, sendo tratados como estrangeiros sem posses. Este fator contribuía fortemente para a preocupação dos Judeus com genealogias.
Profecias
Profecias também contribuíam para o interesse dos Judeus em genealogias. Deus havia prometido a vários indivíduos que o Messias haveria de ser um de seus descendentes. Para provar a descendência do Messias era importante manter registros genealógicos com precisão.
O uso da palavra “Filho”
Os Judeus não usavam a palavra filho num sentido limitado, como fazemos hoje. Mateus 1:1 declara que Jesus era o “filho de David, o filho de Abraão”. À primeira vista poderia se entender que David era o pai de Jesus e que Abraão era o seu avô. Um Judeu entenderia que Mateus estava declarando que Jesus era descendente de David, que por sua vez era descendente de Abraão.
Para o Judeu, a palavra filho poderia ser utilizada para designar um descendente, numa geração arbitrariamente distante.
Resumos genealógicos
Resumos genealógicos, ou saltos de gerações, aparecem não apenas em Mateus 1:1, mas também em vários pontos do Velho Testamento. Comparando-se Esdras 7:3 com 1 Crônicas 6:7-10, verifica-se que Esdras deliberadamente pulou seis gerações, de Meraiote a Azarias (filho de Joanã).
Filho também poderia ser usado para descrever parentesco, sem filiação. Embora Zorobabel fosse sobrinho de Sealtiel (1Crônicas 3:17-19), foi chamado o filho de Sealtiel (Esdras 3:2, Neemias 12:1, Ageu 1:12). Jair exemplifica também este princípio. Era apenas um parente não consanguineo distante de Manassés (I Crônicas 2:21-23 e 7:14-15). No entanto foi chamado “filho de Manassés” (Números 32:41, Deuteronômio 3:14, 1 Reis 4:13).
O ponto a ser lembrado é que a palavra filho pode ser aplicada a vários tipos de parentesco.
José na genealogia de Cristo
Mateus e Lucas mostram que José era o pai legal de Jesus, mas não seu pai genético. Jesus foi milagrosamente concebido em Maria, através do Espírito Santo. Em virtude de ser o esposo de Maria, José era considerado o pai de Jesus e portanto Jesus era seu herdeiro legal. Através de José, Jesus tinha direito legal sobre o trono de David.
Embora Jesus fosse descendente legal de José , não era seu descendente de sangue. A genealogia mostrada em Lucas indica isto claramente, declarando que Jesus era “como se cuidava o filho de José” (Lucas 3:23). Claramente, assumia-se que José era o pai biológico de Jesus, embora de fato não o fosse (Mateus 13:55).
Quem era o pai de José?
À primeira vista , Mateus e Lucas parecem discordar quanto ao pai de José. Mateus declara que ele era o filho de Jacó, enquanto que Lucas declara que ele era o filho de Heli. Felizmente uma fonte de informação inesperada ajudou os estudiosos a esclarecer este mistério.
O Talmude de Jerusalém indica que Maria era a filha de Heli (Haggigah, Livro 77, 4). José era genro de Heli, portanto Lucas poderia chamar José de “filho de Heli”, pois isto estava de acordo com o uso costumeiro da palavra “filho” nessa época, conforme precedentes bíblicos citados anteriormente.
A maldição de Jeoaquim e Jeconias
Jeoaquim foi um rei de Judá que ofendeu a Deus queimando um rolo que o profeta Jeremias havia escrito. Deus o castigou, indicando que “não teria quem se assentasse no trono de David” (Jeremias 36:30). O filho de Jeoaquim , Joaquim, assumi o reinado depois da morte de seu pai (2 Reis 24:6), mas permaneceu em Jerusalém apenas três meses, quando então a cidade foi conquistada por Nabucodonosor, que o levou cativo para a Babilônia, de onde jamais retornou (2 Reis 24:8-15, 25:27:30). O sentido hebraico da frase “não terá quem se assente no trono” é de uma permanência mais duradoura.
Joaquim também chamado Conias (Jeremias 37:1), ou Jeconias (Jeremias 22:24, 24:1 e 27:20) foi também castigado por sua desobediência a Deus (Jeremias 22:21 e 22:30): “nenhum de seus filhos prosperará, para se assentar no trono de David, e ainda reinar em Judá”.
O problema
José, o pai de Jesus era descendente de Jeoaquim e Jeconias. Portanto a descendência física de José não poderia aspirar ao trono de David em virtude do castigo imposto a ambos. Jesus era herdeiro do trono de David, conforme declarado em Lucas 1:32, Atos 2:30 e Hebreus 12:2. Além disso Deus havia prometido a David que um de seus descendentes físicos haveria de reinar em seu trono para sempre (2 Samuel 7:12-13).
Se Jesus tivesse nascido de José a profecia seria contraditória. Era portanto impossível satisfazer à promessa e à profecia de forma natural. Este problema exigiria portanto uma solução de natureza divina.
A provisão
Deus criou a solução através do milagre do nascimento virginal. Embora José fosse um descendente de Joaquim e Jeoaquim (através de Salomão), Maria não era. Ela era descendente de Natã (Lucas 3:31) um dos outros filhos de David. A promessa feita a David foi cumprida pois Maria era a mãe biológica de Jesus.
O nascimento virginal também resolveu o problema do castigo imposto a Jeoaquim e Joaquim, dando a Jesus o direito legal ao trono, através de José.
Existem muitos outros detalhes que nas próximas reflexões iremos usar para clarificar os textos, e tentar entender o contexto e ambiente do Evangelho, as Boas Novas que estão registradas para nós no livro que chamamos Novo Testamento.
Esperamos ter esclarecido aos amados que tinham este questionamento.
Fonte:
Ensinando de Sião.
Bíblia Pentecostal
Bíblia Thompson
Bíblia de Jeruzalém
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Deus esta te chamando para a guerra !!
"Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas;" (II Coríntios 10 : 4)
Durante uma guerra, um coronel foi enviado para assumir o comando de um batalhão situado perto da linha de frente. Os soldados estavam desmoralizados e despreparados para a batalha, as baixas eram altas. O comandante substituído não tinha nada de bom a dizer sobre as suas tropas ou seu desempenho em combate. O novo comandante começou a treinar e incentivar os seus homens.
O moral da tropa logo se levantou e baixas diminuíram. Uma mensagem foi interceptada dias depois do lado do inimigo, indicando que uma unidade muito mais forte e mais qualificados tinha substituído o anterior.
Os cristãos de hoje vivem em uma zona de guerra espiritual. Os casamentos e as famílias estão sob o ataque implacável. Cada vez mais jovens e adolescentes sucumbem às drogas, álcool e imoralidade. Igrejas são devastadas por falhas morais ea divisão amarga.
Os padrões de Deus e os valores são contestados, ridicularizados e ignorados. Porque é que os poderes do mal derrotam o povo de Deus em tantas frentes de batalhas? Devemos nos perguntar se estamos em condições de lutar uma guerra espiritual.
Deus sempre teve um alto padrão para quem servir em seu exército.
Veja o que a Bíblia diz:
Josué 07:13, Juízes 07:03, Juízes 7:5-7, II Timóteo 2:4
Claramente, a santidade é crucial. Deus trabalha através de agentes santificados. Ele pode fazer maravilhas por meio de um guerreiro consagrado entregue à Sua vontade (Josué 3:5). Somos exortados a ter a coragem (2 Timóteo 1:7). Afinal, se Deus é por nós, que diferença faz quem será contra nós? (Romanos 8:31).
Deus também quer que nós estejamos atentos e preparados para a batalha em qualquer momento. Os soldados que lamberam a água de suas mãos, enquanto assistindo atentamente para o inimigo eram os Deus disse a Gideão para selecionar. Da mesma forma, o nosso Senhor está procurando homens e mulheres que levam a sério suas funções como guardiões espirituais.
Deus não quer que nos tornemos tão envolvidos nas preocupações mundanas, demasiado distraídos para servi-Lo. Muitas pessoas querem ser seguidor de Cristo, mas seus interesses e compromissos mundanos conseguem para-los, impedindo-os de entrar em Sua missão Cristã (Lucas 9:57-62, 18:18-23).
Um recente artigo de jornal informou que uma grande percentagem das tropas americanas estão impróprios para a batalha. Eles estão com a saúde debilitada fisicamente e emocionalmente, portanto, não podem ser utilizados nas zonas de combate. Como resultado, muitas brigadas estão perigosamente baixa moral e não podem exercer eficazmente as suas atribuições.
O sucesso militar depende de soldados prontos para o combate que pode ser atribuído às nomeações mais árduas. Leia sobre dois incidentes em que as pessoas pensavam que podiam realizar uma tarefa difícil, mas estava completamente despreparados.
O que a Bílbia diz:
Atos 13:5, 13; 15:36-38, Atos 19:13-17
O que aconteceu? Cada um procurou imitar o que o apóstolo Paulo estava fazendo, mas eles não se prepararam como ele. João Marcos certamente tinha boas intenções sobre a servir a Cristo e compartilhar o Evangelho em outras terras. Mas ele não estava pronto para os sacrifícios que ele teria que fazer ou a oposição que enfrentaria.
Quando as pressões surgiram, João Marcos desertou. Da mesma forma, os que tinham visto Paulo derrotar as forças de Satanás e talvez inveja da fama que tinha conseguido. Quando se tentou definir um homem livre de sua prisão demoníaca, a tentativa de assalto os poderes das trevas, como Paulo havia feito, eles sofreram uma derrota humilhante. O Apostolo Paulo foi vitorioso, enquanto os outros foram fragorosamente derrotados?
Leia 1 Coríntios 9:24-27. Qual foi a chave para a eficácia de Paulo como um soldado de Cristo?
Existem várias razões para manter as Escrituras e as metáforas de guerra por que falamos de muitas batalhas. Como o Apóstolo Paulo consegui enfrentar, os mais sérios desafios, em meio aos assaltos espirituais. Ele deu aos cristãos conselhos específicos sobre como se preparar para os ataques inevitáves que iriam bombardeá-los.
Apois ler Efésios 6:12-18 descreva com suas palavras como fazer o que esta aqui escrito?
• Pegue a armadura de Deus
• Estar firme
• Cinge seus lombos com a verdade
• Coloque a couraça da justiça
• Calçando os pés com a preparação do evangelho da paz
• Tomar o escudo da fé
• Tome o capacete da salvação
• Orar sempre
• Esteja atento
A sua armadura espiritual esta no lugar? Você está em alerta e preparado para o combate? Os seus camaradas cristãos podem contar com você? Ou você tem sido muito descuidado sobre suas obrigações como um soldado de Cristo? Quais ajustes você vai precisar fazer assim que você se tornar um soldado efetivo do exercíto de Deus? Você quer honrar a Deus e servi-Lo?
Então atenda a voz de comando do nosso gerenal de guerra !!
Quem tem ouvidos ouça !
A luta vai ser remida !
Expulsem o inimigo !
Destruam as fortalezas !
Curem os feridos !
Libertem os oprimidos !
Preparem novos guerreiros !
Tomem de volta tudo que foi roubado !
Não temam o inimigo !
As suas armas são espirituais, poderosas em Deus !
Preparem-se para a grande vitória !
Estarei com vocês todos os dias até a consumação dos séculos !
O galardão esta comigo !
“O Alfa e Omega” esta no comando.
Se você ainda não se alistou neste exército, não perca mais tempo, as inscrições estão abertas !
A inscrição é simples:
Basta que você confesse que o Senhor Jesus é o seu Salvador você já esta inscrito neste exército.
Veja algumas das muitas vantagens que só Ele pode te oferecer:
1. Direito a rejuvenescimento (uma nova criatura em Deus).
2. Você será batizado.
3. Você receberá uma nova vestimenta.
4. Você perderá peso. (peso do pecado)
5. Direito de vida eterna com Deus.
6. Proteção 24 horas contra qualquer inimigo.
7. Logo você receberá o seu uniforme.
8. Você receberá o revestimento do Espírito Santo, que é o batismo com fogo.
9. A inscrição de seu nome no livro da vida.
10. O seu manual de regra de fé e prática (Bíblia).
11. O direito de participar do corpo de Cristo. (a Igreja)
12. A certeza do arrebatamento.
13. A certeza de perdão dos pecados.
14. Um médico 24 horas.
15. Autoridade sobre espíritos malignos.
16. Um advogado 24 horas.
17. Um conselheiro espiritual.
18.A compania de um anjo de Deus.
19.Direito de receber as bençãos de Deus, nesta e na vida futura.
20.Direito de ser próspero em Deus.
21.Você receberá treinamento especial.
22.Direito a promoção.
Isto é só o começo das muitas promesas que o Senhor Deus tem para aqueles que se inscrevem no seu exército para lutarem contra o inimigo de nossas almas.
Visite a igreja evangélica mais próxima de sua casa, que seja comprometida com as verdades bíblicas e se inscreva neste exército.
Aceite a Cristo como seu Senhor e Salvador.
Deus quer contar com você no seu exército, não decepcione o seu comandante maior.
Ele conta com você neste luta.
Graça e Paz, infante do exército de Cristo.
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Sejam bem vindos ao nosso ponto de encontro.
Nestes dias temos lido e ouvido muitas versões ou entendimentos das verdades biblicas, mas há que se dizer que sempre houve e haverá opiniões diferentes devido a vários fatores que permeiam a nossa vida cotidiana.
A nossa intenção aqui, é apenas expressar o nosso endendimento pensando estar de alguma forma contribuindo na construção do pensamento teológico cristão brasileiro atual.
Nosso e-mail: igrejaprimitivamaceio@yahoo.com.br
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